Política

Ciro Nogueira diz que aceitou convite de Bolsonaro para chefiar Casa Civil

27 jul 2021, 9:57 - atualizado em 27 jul 2021, 10:40
Ciro Nogueira
Ciro Nogueira é um dos principais líderes do centrão e sua chegada ao comando do ministério responsável pela coordenação das ações do governo aproxima ainda mais Bolsonaro do grupo (Imagem: Agência Senado/Edilson Rodrigues)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) informou nesta terça-feira, em sua conta no Twitter, que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para chefiar a Casa Civil do governo.

“Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente @jairbolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, escreveu o parlamentar na rede social logo após encontro com o presidente no Palácio do Planalto.

Presidente do PP, Ciro Nogueira é um dos principais líderes do centrão e sua chegada ao comando do ministério responsável pela coordenação das ações do governo aproxima ainda mais Bolsonaro do grupo, a quem criticou constantemente durante a campanha eleitoral e em seu primeiro ano do governo.

Ciro chega ao Planalto com a missão de tentar consertar a relação do governo não apenas com o Congresso, em meio à CPI da Covid no Senado, mas com o Judiciário, em meio aos constantes ataques de Bolsonaro contra membros do Supremo Tribunal Federal. Em troca, ganha poder.

No ano passado, diante das dificuldades na relação com o Congresso, Bolsonaro fez acordos com o centrão e cedeu cargos em troca de apoio.

Com sua popularidade no pior momento, o presidente leva o centrão para o coração do governo e entrega a Ciro Nogueira o poder de negociar acordos, decidir cargos e basicamente administrar internamente o governo.

Para encaixar Ciro, Bolsonaro fez uma reengenharia no primeiro escalão. Amigo pessoal do presidente mas extremamente criticado por parlamentares, o atual ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, será deslocado para a Secretarial-Geral da Presidência.

Apesar de permanecer no Planalto, Ramos ganha um cargo menor, com responsabilidades que concentram principalmente a zeladoria do Palácio. Incomodado, Ramos afirmou em entrevistas que foi surpreendido pela decisão do presidente e não escondeu a insatisfação.

Ex-titular da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni vai ocupar o quarto ministério desde o início do governo, Trabalho e Previdência, a ser criado pelo desmembramento do Ministério da Economia. Mesmo a contragosto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, concordou em perder o que até então era uma secretaria subordinada à sua pasta.

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