Internacional

Coreia do Norte dispara míssil em meio a tensão sobre suposto envio de armas à Rússia

23 dez 2022, 10:25 - atualizado em 23 dez 2022, 10:25
Coreia do Norte
O ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse que seu país apresentou um forte protesto à Coreia do Norte por meio dos canais diplomáticos em Pequim (Imagem: KCNA via REUTERS)

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos em direção ao mar ao largo de sua costa leste nesta sexta-feira, disseram os militares sul-coreanos, o mais recente em um número sem precedentes de testes de mísseis neste ano.

Ocorrendo apenas alguns dias após o lançamento de dois outros mísseis e logo depois das alegações de que o país está enviando munições para as forças russas na Ucrânia, o incidente mostra que a Coreia do Norte não pretende interromper as ações provocativas que seus vizinhos dizem estar desestabilizando a segurança regional.

O Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul disse que os mísseis voaram 350 km e 250 km, respectivamente, depois de serem disparados por volta das 16h30 a partir da área de Sunan da capital norte-coreana, Pyongyang. A guarda costeira do Japão também relatou uma suspeita de lançamento de míssil balístico.

Esses lançamentos são uma “provocação séria que prejudica a paz e a estabilidade” na península coreana e além e uma clara violação das resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), disse o JCS, pedindo uma suspensão imediata.

“Vamos rastrear e monitorar os desenvolvimentos junto com os Estados Unidos em preparação para provocações adicionais da Coreia do Norte, enquanto mantemos uma postura firme de prontidão com base em nossa capacidade de responder de forma esmagadora a quaisquer provocações da Coreia do Norte”, afirmou o JCS em um comunicado.

O ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse que seu país apresentou um forte protesto à Coreia do Norte por meio dos canais diplomáticos em Pequim.

A Casa Branca informou na quinta-feira que a Coreia do Norte completou uma entrega inicial de armas de foguetes e mísseis para uma empresa militar russa privada, o Wagner Group, para reforçar as forças russas na Ucrânia.

O proprietário do Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou a afirmação, dizendo ser “fofoca e especulação”.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte também negou nesta sexta-feira uma reportagem da mídia japonesa sobre remessas de munições para a Rússia, chamando-a de “infundada”.

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