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Credit Suisse: A trajetória de escândalos do banco que resultou na venda para o UBS

20 mar 2023, 15:04 - atualizado em 20 mar 2023, 15:04
Credit Suisse
O destino do Credit Suisse se deu em um contexto de crise do sistema bancário global (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo)

Neste final de semana, o Credit Suisse fechou o acordo da sua venda para o UBS, banco suíço rival, por US$ 3,2 bilhões.

O preço da compra é menor do que a metade do valor de mercado do banco no fechamento da última sexta-feira (17), quando a instituição valia 7,4 bilhões de francos suíços, segundo a Bloomberg.

O destino do Credit Suisse se deu em um contexto de crise do sistema bancário global, que começou com a quebra do SVB e do Signature Bank, ambos norte-americanos.

Mas o protagonismo do banco suíço começou na última semana, quando as ações alcançaram as mínimas históricas, após o Saudi National Bank (SNB), principal acionista do Credit Suisse, descartar um novo aporte financeiro na instituição.

A notícia foi potencializada por uma série de escândalos em que o banco esteve envolvido nos últimos anos, que mancharam a sua credibilidade e geraram uma crise de confiabilidade na instituição financeira.

O Money Times preparou uma linha do tempo com as principais polêmicas envolvendo o Credit Suisse nos últimos anos. Confira:

2008

O Credit Suisse sofre um baque com a crise financeira do subprime nos Estados Unidos, mas diferentemente do seu rival, o UBS, ele não precisa de um resgate estatal para sobreviver à crise.

2011

Urs Rohner chega à presidência do banco, cargo que ocuparia até 2021, e investe nas instituições financeiras Archegos e Greensil.

2018

A Finma, reguladora do mercado na Suíça, critica as falhas do Credit Suisse no processo de combate à lavagem de dinheiro no caso da Fifa e das petroleiras PDVSA, venezuelana, e Petrobras, brasileira.

2020

Em fevereiro, um problema envolvendo as operações secretas de vigilância do banco leva à saída do CEO no período, Tijidane Thiam, que é substituído por Thomas Gottstein.

Em março, o fundo de investimento Archegos quebra, deixando o Credit Suisse com uma perda de US$ 5,5 bilhões.

No mesmo mês, o banco congela US$ 10 bilhões em fundos de financiamento ligados ao Greensil Capital, financiador britânico.

2021

O banco suíço acumula perdas de US$ 15 bilhões relacionadas aos colapsos das instituições financeiras Archegos e Greensil.

O presidente da companhia, Antonio Horta-Osorio, renuncia ao cargo após menos de nove meses no cargo, após quebrar as regras da quarentena de Covid-19, ele é substituído por Alex Lehmann.

2022

Em julho, o banco substitui Thomas Gottstein por Ulrich Koerner como CEO da empresa e anuncia um plano de reestruturação estratégica.

Em outubro, mais detalhes sobre a reestruturação são divulgados e o Credit anuncia um corte de 15% das suas despesas, a demissão de 9 mil funcionários (17% da sua força de trabalho global) e um aumento de capital de US$ 4 bilhões.

*Com informações de agência Reuters

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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