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Depois do milho, Brasil deve superar hegemonia dos EUA no algodão após 30 anos

13 set 2023, 11:04 - atualizado em 13 set 2023, 11:04
algodão
Segundo analista da StoneX, caso novos cortes ocorram, seria a primeira vez desde 92/93 que os EUA não liderariam os embarques de algodão (Foto: Pixabay)

Nesta terça-feira (12), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou suas novas estimativas de oferta e demanda, com novos dados para culturas como milho e algodão.

No relatório, o USDA reduziu a estimativa de exportação de algodão do país na temporada 2023/2024 para 2,68 milhões de toneladas, 1,6% a menos que seu número anterior e 3,7% a menos que o registrado em 2022/2023.

No caso do algodão, o departamento considera o ano-safra dos EUA entre outubro de um ano e setembro do ano seguinte.

Assim, o USDA estima que em 2023/2024 o Brasil exportará 2,57 milhões de toneladas da pluma, o que ainda manteria os EUA na primeira posição.

Contudo, esse números estão sujeitos a revisões, já que Estados Unidos convivem com condições climáticas adversas nesta temporada.

Brasil deve superar as exportações de algodão dos EUA?

De acordo com João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX, o Texas, principal estado produtor norte-americano, registrou forte seca, enquanto a Georgia, outra importante região produtora, foi atingida pelo Furacão Idalia, com impactos nas lavouras.

“Em meio a isso, o USDA reduziu sua estimativa de produção nos EUA em 2023/24 para 2,86 milhões de toneladas de algodão, 6,1% a menos que o estimado em agosto, sendo que novos cortes ainda podem ocorrer”, explica.

Segundo Lopes, caso novos cortes ocorram, o Brasil pode ocupar a primeira colocação no ranking dos principais exportadores.

“Se isso se concretizar, seria a primeira vez desde 1992/1993 que os Estados Unidos não ficariam com o ‘título’ de maior exportador. Pode ser que isso não ocorra já nesta temporada, mas as perspectivas futuras para o Brasil são bastante positivas, visto que o país tem espaço para aumentar sua área plantada, sua produção e conquistar cada vez mais espaço no mercado global de algodão”, conclui.

Cenário para o milho

Vale destacar que o Brasil já desbancou as exportações de milho da temporada 2022/2023 dos norte-americanos, que ficaram em 42,3 milhões de toneladas, no 2º lugar global, atrás apenas do Brasil, que exportou expressivos 50,6 milhões de toneladas.

Dessa maneira, é a primeira vez desde a temporada 2012/2013 que os Estados Unidos não ocupam a primeira colocação entre os exportadores.

Esse é um cenário que já era precificado pelo mercado.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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