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Disputa sobre taxas de gás e usabilidade da rede Ethereum continua

23 nov 2021, 13:03 - atualizado em 23 nov 2021, 13:08
Ethereum Ether ETH
O cofundador da Three Arrows Capital, Su Zhu, afirmou no Twitter que estava deixando a Ethereum, devido ao aumento dos custos de transação e queda na usabilidade da rede (Imagem: Unsplash/Executium)

Conforme noticiado pelo Decrypt, a rede Ethereum tem sido alvo de duras críticas ligadas às taxas de transação nos últimos tempos.

No último final de semana, o cofundador da Three Arrows Capital, Su Zhu, afirmou no Twitter que estava deixando a rede desenvolvida por Vitalik Buterin, devido ao aumento dos custos de transação e queda na usabilidade da rede.

Segundo o Decrypt, Zhu escreveu no Twitter:

Sim, eu abandonei a Ethereum, apesar de ter apoiado a rede no passado. Sim, a Ethereum abandonou seus usuários, apesar de tê-los apoiado no passado. 

O cofundador da Three Arrows Capital continuou em seguida, afirmando que, na comunidade da rede, as pessoas têm de pagar centenas de dólares para as transações somente para “ouvir algumas histórias sobre como deveriam ter sido espertos o suficiente para comprar ether (ETH) a US$ 10.”

De acordo com o Decrypt, embora Zhu tenha pedido desculpas pelas palavras que usou e tenha elogiado as equipes por trás de protocolos de segunda camada da Ethereum, os tuítes do cofundador já tinham tomado certa proporção e conhecimento, inclusive por desenvolvedores da Ethereum, que não gostaram de ouvir os comentários de Zhu.

Para Ric Burton, um dos desenvolvedores da Ethereum, a crítica de Zhu quanto à tentativa da rede de obter mais rendimentos é irônica, devido à equipe que este tem como investidor.

Quanto a isso, Burton escreveu no Twitter que Zhu é “um suplicante insultuoso que simplesmente existe a partir do trabalho dos outros”.

De acordo com o Decrypt, o cofundador da Three Arrows insistiu que ele próprio é um usuário das plataformas em que investe. É importante ressaltar que a Three Arrows Capital investe fortemente na Ethereum e em aplicações descentralizadas (“dapps”, em inglês), como o jogo Axie Infinity (AXS) e o protocolo de empréstimos Aave (AAVE).

No entanto, a empresa não para por aí: Three Arrows Capital também apresenta um portfólio diversificado, que inclui reservas em bitcoin (BTC), dogecoin, além de concorrentes da Ethereum, como Avalanche (AVAX) e Solana (SOL).

No entanto, após os comentários do cofundador, algumas hipóteses foram levantadas quanto ao discurso de Zhu.

Uma delas é de que os comentários dele, tendo em vista que as reservas multibilionárias de várias criptomoedas, haviam sido uma tentativa de elevar os preços (“pump”) dessas criptos, a fim de receber mais dinheiro. Essa hipótese contrapõe a de que alguns veem as redes rivais da Ethereum como inferiores.

Segundo o Decrypt, há pelo menos um lado positivo em a Ethereum continuar com altas taxas: isso indica que a demanda pela rede permanece alta.

Para David Hoffman, fundador do Bankless, a atual situação da rede desenvolvida por Buterin não é permanente. Além disso, Hoffman destacou que, aqueles que desejam abandonar o barco, devem colocar segurança e descentralização como prioridade em relação a produtos que podem não resistir na Web 3.0.

Segundo o fundador do Bankless, abandonar a descentralização é o maior pecado desse setor e “é mais fácil consertar taxas do que consertar a centralização.”

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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