AgroTimes

Dólar, insumos e comercialização: O que muda para o agro após S&P elevar perspectiva do Brasil para positiva?

15 jun 2023, 12:15 - atualizado em 15 jun 2023, 12:15
agro ações empresas
De acordo com pesquisador da FGV Agro, uma queda da moeda norte-americana pode prejudicar e beneficiar diferentes produtores; entenda (Imagem: Pixabay/andreas160578)

Ontem (15), a agência de classificação de risco S&P Global Ratings revisou a perspectiva de rating do Brasil de estável para positiva, reafirmando o rating “BB-”. A última vez que a nota de crédito do Brasil ficou positiva foi em 2019.

Na visão do professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV (FGV Agro), Felippe Serigati, a mudança implica em algumas mudanças para o agronegócio do país.

Queda do dólar impacta o agro?

Nesta quarta-feira, após a decisão, a moeda norte-americana recuou 1,15%, cotada a R$ 4,8063. Este é o menor patamar desde 6 de junho de 2022. Já o Ibovespa (IBOV) fechou o último pregão em alta de 1,99%, a 119,068,77 pontos.

  • CONHEÇA A LIVE GIRO DO MERCADO: De segunda a sexta às 12h, estamos AO VIVO no canal do YouTube do Money Times, trazendo as notícias mais quentes do dia e insights valiosos para seus investimentos. Esperamos você!

De acordo com Serigati, a redução da percepção de risco para a economia do Brasil torna os ativos do país mais atrativos para investidores.

“A chegada de novos investidores, com essa revisão, é boa para o Brasil como um todo no curto prazo. No entanto, para o agro no curto prazo, um dólar mais barato pode facilitar a vida de alguns e atrapalhar a de outros. Para os produtores que se preparam para a safra 2023/2024 e fazem a comercialização de insumos e fertilizantes, essa queda é favorável. No entanto, para o produtor que está no processo de comercialização da safra, esse recuo pode ser negativo, já que ele provavelmente adquiriu os insumos com um dólar mais elevado e está vendendo com ele mais barato”, explica.

Por outro lado, ele ressalta que o mais importante para o produtor rural é a relação de troca. Ou seja, a queda do dólar não significa necessariamente um prejuízo.

“Esse dólar mais baixo, no mínimo, comprime as margens do produtor”, finaliza.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.