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Eletrobras cai com notícia de que estimativa de capitalização é superestimada

19 nov 2019, 17:29 - atualizado em 19 nov 2019, 17:29
Eletrobras
A capitalização da Eletrobras prevê diluição da participação majoritária da União na empresa pela emissão de novas ações (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Por Investing.com

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Na reta final da sessão desta terça-feira, as ações da Eletrobras (ELET3ELET5ELET6) operam com forte queda, liderando a ponta negativa do Ibovespa. O mercado reage à notícia de que o governo teria superestimado em 25% o potencial de receita de R$ 16,2 bilhões a ser arrecado com a capitalização da estatal.

A estimativa consta do orçamento de 2020 e a reportagem é da Reuters, citando uma fonte próxima do processo de desestatização da elétrica.

Desta forma, por volta das 17h18, os papéis perdiam 2,29% a R$ 34,73 nos ON e 2,49% a R$ 35,60 para os PNB.

A fonte, que falou na condição de anonimato, considerou o valor “exagerado” com base em fatores como a tendência de preços da energia elétrica e no valor da privatização da Cesp (CESP6) em 2018, na qual o governo federal também participou do processo.

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Com problemas fiscais, o governo prevê obter os recursos do processo de privatização com o recebimento de bônus de outorga de hidrelétricas, em troca da renovação de contratos de uma série de usinas antigas da estatal, em condições mais vantajosas para a Eletrobras.

A fonte ainda fez um paralelo entre o que se estabeleceu em outorgas com hidrelétricas e o elevado valor de bônus de assinatura dos leilões do pré-sal Eletrobras Furnas/Flickr)

Mas, como esse movimento está amarrado ao processo de desestatização, pode indicar que os valores esperados com a capitalização da Eletrobras estariam também elevados.

“Erraram na mão e pegaram pesado. Não vale isso”, disse a fonte à Reuters, fazendo uma relação entre a estimativa da outorga e quanto se espera arrecadar com a capitalização da companhia.

A capitalização da Eletrobras prevê diluição da participação majoritária da União na empresa pela emissão de novas ações, sem a subscrição dos papéis pelo governo federal —a operação está prevista para o segundo semestre de 2020.

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Segundo a fonte, giraria em torno de 13 bilhões de reais o valor correto e máximo que a União deveria obter com o pagamento das outorgas pelos novos contratos das hidrelétricas —que hoje vendem a produção a preços regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e abaixo de valores praticados no mercado elétrico.

Esse cálculo leva em conta fatores como valor das ações da estatal, valor da energia comercializada no mercado, participação do governo e operações semelhantes de capitalização que ocorreram no país recentemente.

“O governo não está olhando para o mercado para ver o apetite e quanto efetivamente se pode e se quer pagar”, completou a fonte, que citou o processo da Cesp, que também envolveu o pagamento de outorga à União pela renovação da concessão da usina de Porto Primavera.

A fonte ainda fez um paralelo entre o que se estabeleceu em outorgas com hidrelétricas e o elevado valor de bônus de assinatura dos leilões do pré-sal, o que afastou no início do mês as maiores petroleiras globais dos certames, restritos à Petrobras (PETR3PETR4) e duas empresas chinesas.

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Essa estimativa de 13 bilhões de reais pelas outorgas, considerada a mais justa pela fonte, leva em conta ainda entrada de novas fontes de energia no mercado e resultado de leilões para a contratação de projetos de geração elétrica, que mostram uma tendência de barateamento dos custos da eletricidade.

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