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Emissão de debêntures da Bahema atrai a atenção da B3, mas pelas razões erradas

23 out 2020, 13:15 - atualizado em 23 out 2020, 13:15
Escola Autonomia, comprada pela Bahema
Pito do inspetor: B3 está de olho na operação da Bahema (Imagem: Divulgação/ Escola Autonomia)

A emissão de debêntures da Bahema Educação (BAHI3), anunciada nesta semana, sem saiu do papel e já chamou a atenção da B3 (B3SA3), mas pelos motivos errados.

Primeiro, porque a operação mal havia sido anunciada e precisou ser suspensa pela companhia, para efetuar ajustes solicitados pela dona da Bolsa brasileira. No fato relevante em que informa a interrupção, a Bahema não detalha o que deve fazer para adequar a emissão às exigências da B3.

A empresa comunicou, apenas, que o conselho de administração se reunirá, em breve, para discutir os pontos levantados pela B3. A data do encontro, contudo, não foi informada.

O segundo problema é que o anúncio da emissão causou um pico de negociação das ações. O movimento foi notado pela Bolsa, que pediu explicações à Bahema.

Disparada

Para se ter uma ideia, no pregão de ontem (22), os papéis foram objeto de 55 negociações apenas nas três primeiras horas de pregão. As transações envolveram 8.800 ações e somaram R$ 803 mil.

Trata-se de um movimento bem superior à média da Bahema. Neste mês, segundo dados anexados pela B3 ao ofício encaminhado à empresa, o número de transações diárias da companhia manteve-se numa faixa de dois a 16.

A quantidade de ações envolvidas oscilou entre 200 e 2.600; e o maior volume negociado era de R$ 259.448.

Na resposta ao ofício da B3, a Bahema atribuiu o pico de negócios ao anúncio da emissão de debêntures.

A conturbada emissão foi anunciada na quarta-feira (21), e envolve até R$ 115 milhões em debêntures conversíveis em ações. A operação será dirigida exclusivamente para colocação privada, com subscrição dos acionistas.

Veja o ofício enviado pela B3 à Bahema.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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