AgroTimes

Etanol: independente de safra nova ou velha, oferta aumentou e pressiona os preços

25 mar 2021, 12:45 - atualizado em 25 mar 2021, 12:52
Safra de cana já correndo no Centro-Sul, com mais etanol (Imagem: Luke Sharrett/Bloomberg)

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apresentou nesta manhã de quinta (25) que a moagem na primeira quinzena de março totalizou 1,67 milhão de toneladas no Centro-Sul, mas não a identifica como sendo antecipação da safra 21/22.

Embora a divulgação do relatório aponte que 14 empresas “iniciaram” os trabalhos neste período, somando 30 desde fevereiro, a entidade consolidou o volume à safra 20/21, em 600,47 milhões/t. Oficialmente, a temporada sempre se abre em 1º de abril, depois do período de entressafra do 1º trimestre.

Safra nova ou safra velha, seja como for entrou mais etanol no mercado, 199 milhões de litros (70% da matéria-prima) e 127 milhões/l de biocombustível de milho.

Somados aos estoques carregados, as vendas cresceram 11,13% na comparação anual, para 778,5 milhões/l nos primeiros quinze dias deste mês. No mesmo período, os preços nas usinas caíram quase 6% no acumulado, segundo o Cepea.

Pode ser recomposição de estoques das distribuidoras, como informou o diretor-executivo da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, que também estão ofertando preços em quedas diárias no mês todo, incluindo os menos 4,22% de ontem, em Paulínia.

Mas ele ainda acredita que o consumo nas bombas teria correspondido bem, pela diferença favorável contra a gasolina, e que deverá ser afetado somente nesta segunda quinzena com as restrições de circulação no combate à pandemia.

A quantidade de cana processada de 1º a 15 de março, mais a que será usada na segunda quinzena pelas novas 24 unidades que informaram abertura das operações – portanto já se encontram atividade -, poderá alcançar a estimativa de no mínimo 4 milhões/t.

Money Times relatou que a Safras & Mercados esperava entre 4 e 5 milhões/t em março, sobre as 1 milhão/t do mês anterior.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.