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Ethereum: taxas de gás caem e preço sobe, mas isso é 100% positivo para a rede?

08 nov 2021, 12:17 - atualizado em 08 nov 2021, 12:17
Ethereum ether ETH
Segundo o Decrypt, não é somente o preço da criptomoeda que tem aumentado: a taxa de hashes da Ethereum também tem disparado para novas altas (Imagem: Unsplash/Executium)

Conforme noticiado pelo Decrypt, as taxas de gás da Ethereum têm caído nos últimos cinco dias, ao mesmo tempo em que o preço do ether (ETH) voltou a ascender.

Neste momento, o ETH está sendo negociado a US$ 4.728. A taxa de transação média é de US$ 37,19, o que marca uma redução de 33,5% em relação à de terça-feira (2), quando a taxa de gás estava na marca dos US$ 56.

Segundo o Decrypt, não é somente o preço da criptomoeda que tem aumentado. A taxa de hashes – que determina o poder de computação da rede – da Ethereum também tem disparado para novas altas.

Na semana passada, a taxa de hashes da rede chegou a 812.769 gigahashes por segundo (GH/s). No entanto, ela não parou por aí: na última quarta-feira, a taxa de hashes atingiu um novo recorde de 821.207 GH/s, conforme o rastreador Etherscan.

Apesar de os números impressionarem, é preciso compreender o que eles significam e o que isso implica para a rede. De acordo com o Decrypt, apesar de a taxa de hashes ter aumentado, a diminuição das taxas de transação podem indicar uma queda na demanda.

Além disso, embora o preço da criptomoeda e o poder de computação da rede estejam nas alturas neste momento, uma outra categoria apresentou diminuição considerável nos últimos dias: volume de negociação.

Segundo o Decrypt, na quarta-feira (3), havia cerca de US$ 21 bilhões em negociações feitas na rede. No entanto, no sábado (6), esse valor teve queda de um terço, chegando a US$ 14 bilhões.

A queda nas métricas da Ethereum não param por aí: a capitalização de mercado da rede também perdeu cerca de US$ 10 bilhões, estando atualmente em cerca de US$ 534 bilhões.

No entanto, mesmo com as atuais quedas, defensores da rede criada por Vitalik Buterin irão apontar o crescente cenário dos tokens não fungíveis (NFTs), que possibilitaram que a Ethereum atraísse grandes nomes de diversos setores, como Marvel, Visa, Budweiser, NBA, entre outros.

Os NFTs não são o único indício de um possível futuro poderoso para a Ethereum.

De acordo com o Decrypt, na semana passada, a Bolsa Mercantil de Chicago (CME) anunciou que, em dezembro, irá começar a negociar microfuturos de ether, o que deverá permitir que investidores façam menores negociações do que as permitidas pelos atuais contratos.

No final de outubro, a rede também atualizou seu beacon chain, que introduziu o staking para a Ethereum. O beacon chain irá conduzir ou coordenar a rede expandida de repartições (“shards”) e stakers (aqueles que fazem o staking da criptomoeda).

Os “shards” serão blockchains novos individuais que irão formar um sistema de blockchain mais amplo da Ethereum. Com isso, a rede criada por Buterin passará de mecanismo de consenso do tipo proof-of-work (PoW) para proof-of-stake (PoS).

Com isso, de acordo com o Decrypt, a demanda pela segunda maior rede blockchain do mundo pode ter caído um pouco, e a maior taxa de hashes pode ter diminuído um pouco a sobrecarga da rede, mas, no mundo cripto, as taxas sobem e descem o tempo todo, e há ainda muito o que esperar da rede Ethereum.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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