Internacional

Ficou com medo? EUA procuram China para conter conflitos no Mar Vermelho (mas a resposta não é boa)

24 jan 2024, 12:53 - atualizado em 24 jan 2024, 12:53
eua pede ajuda a china contra houthis
Apesar das relações conturbadas, EUA busca China para conter houthis (Imagem: REUTERS/Florence Lo)

Os Estados Unidos (EUA) pediram ajuda à China para conter os ataques do grupo rebelde Houthi, do Iêmen, que atingem a região do Mar Vermelho. De acordo com o Financial Times, os EUA buscam uma tentativa chinesa de conversar com o Irã, país que apoia o grupo.

Entretanto, as notícias não são positivas. As autoridades norte-americanas consultadas pelo jornal afirmaram que o governo chinês não atende aos pedidos dos Estados Unidos de terem uma posição mais assertiva para parar os ataques.

Os conflitos no Mar Vermelho acontecem há três meses e a atuação dos houthis nesse espaço dificulta navios que transitam pela região, adicionando dias e custos às viagens.

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Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, e Jon Finer, seu vice, discutiram o assunto com Liu Jianchao, chefe do departamento internacional do Partido Comunista Chinês. Antony Blinken, secretário de Estado, também tenta conter a situação.

China continua indecisa

Apesar dos esforços, a China continua em cima do muro. O país tem relações profundas com o Irã e tem dificuldades em apoiar sanções contra a nação do Oriente Médio.

Pequim recebe de Teerã ajuda energética e os dois colaboram na venda de armas e se posicionam contra a atuação geopolítica dos Estados Unidos.

Os EUA, em conjunto com o Reino Unido, realizam ataques com mísseis contra o grupo rebelde no Iêmen e isso não passou desapercebido pelo governo chinês.

Na quarta-feira (24), o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, incentivou as “partes relevantes a evitarem colocar lenha na fogueira”, no que foi considerado uma crítica velada às atuações dos países contra os houthis.

No dia anterior, John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, afirmou que “acolheria um papel construtivo da China, usando a influência e o acesso que eles têm para ajudar a conter o fluxo de armas e munições para os houthis”.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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