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Fintechs? São os bancões que têm mercado favorável agora, aponta BTG

27 ago 2021, 13:09 - atualizado em 27 ago 2021, 13:09
Banco Central
Uma série de medidas do Banco Central podem beneficiar os bancos tradicionais neste momento, apontam analistas (Imagem: Agência Brasil)

O IPO do Nubank, que quer chegar ao mercado valendo um Itaú (ITUB4) e um Bradesco (BBDC4), e o recente investimento do JPMorgan no C6 Bank indicam que as fintechs têm um futuro promissor e que bancões são coisa do passado. Mas não para o BTG Pactual.

Segundo os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, em rápido comentário enviado a clientes e obtido pelo Money Times, uma série de medidas do Banco Central podem beneficiar os bancos tradicionais neste momento. 

“Recentemente, o tema de assimétrica regulatória tem ganhado muito destaque, o que junto com aumento de Selic e com fintechs enfrentando problemas em crédito, nos fazem acreditar que estamos em um momento de mercado mais favorável para os bancos tradicionais”, afirmam.

O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto já disse que os bancos têm expressado preocupação com as assimetrias regulatórias em relação às fintechs.

Segundo Campos, seriam três principais reclamações das instituições financeiras, sendo as exigências de capital uma delas, com o presidente reconhecendo que “é um problema que precisa ser equalizado”, lembrando que algumas instituições de pagamentos “se tornaram bastante grandes” recentemente.

A segunda questão levantada é de que os bancos digitais não seriam tão rígidos na abertura de contas, e Campos comentou que o BCB está analisando o tema.

E a última reclamação diz respeito às tarifas, mas, segundo Campos, o BCB “não vê assimetrias” nesse caso.

“O BCB já sugeriu que emitiria novas regras para as fintechs aumentando não só as exigências de capital, mas endereçando outras coisas. Um artigo do início de agosto chegou a mencionar um aumento de 2% para 4.5% no capital requerido das IPs com base no volume de ativos e quantidade de transações”, lembram os analistas.

No Brasil, o cenário foi ainda mais promissor: o país atingiu a marca de maior ecossistema de fintechs na América Latina (Imagem: Unsplash/Mario Gogh)

Ascensão das fintechs

A adesão dos brasileiros às marcas cresceu consideravelmente nos últimos anos, especialmente para os novos bancos digitais, como Nubank, Banco Original e Next.

E a aliança entre grandes empresas e startups de tecnologia e finanças também aumentou, especialmente para a cidade de São Paulo.

Dados do relatório 2021 Global Fintech Rankings (Rankings Globais de Fintechs de 2021), feito pela Findexable em parceria com a Mambu, empresa alemã que oferece soluções bancárias em nuvem, mostram que o aumento veio principalmente durante a pandemia em todo o mundo.

“As fintechs são empresas de tomada de decisão ágil, que atendem necessidades muito variadas de clientes do setor financeiro e estão revolucionando esses serviços, que se tornam cada vez mais fáceis, rápidos e simples”, destaca Sergio Constantini, diretor-geral da Mambu no Brasil, em comunicado à imprensa.

No Brasil, o cenário foi ainda mais promissor: o país atingiu a marca de maior ecossistema de fintechs na América Latina. No ranking global, o Brasil ocupa a 14ª colocação – cinco posições à frente do registrado em 2019.

Entre os cinco primeiros colocados, estão Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Singapura e Suíça, respectivamente.

Vale destacar que o montante investido nas fintechs subiu de US$ 199 bilhões para US$ 440 bilhões, o que também favorece que elas tragam inovações a outros setores, como o de gás para o comércio, por exemplo, nos próximos anos.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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