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Frango 2021: em recorde de embarques, setor mostrou que diminuição da dependência funciona

07 jan 2022, 15:54 - atualizado em 07 jan 2022, 16:11
Em 2021, frigoríficos brasileiros trabalharam duro para bater recorde de exportação de frango (Imagem: Youtube/BRF)

Quando as exportações de frangos para a Arábia Saudita caíram 24,4% em 2021, este que um dia já foi o principal destino da carne e era o vice-líder até 2020, e até o maior importador, a China, também comprou menos 4,86% (640 mil toneladas), os embarques globais brasileiros bateram recorde de alta em volume.

As 4,6 milhões de toneladas (in natura e processada), conquistando mais 9% sobre o ano retrasado, mostram que o setor fez a lição de casa em diluir cada vez mais a dependência dos principais mercados e pulverizar o produto para países que há pouco não tinham tradição de compras – caso da África do Sul.

O país africano, com acima de 297 mil/t (+13%), respondeu por quase a metade de todo o embarque ao continente, superando, em muito, o volume vendido à Rússia e ao Reino Unido.

No total, 140 mercados se alimentam do maior exportador mundial dessa proteína.

No financeiro, esses embarques resultaram US$ 7,66 bilhões, ganho de 25,7%, seguindo o levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A Arábia Saudita, que perdeu o posto de principal importador árabe e segundo destino mundial da carne de frango brasileira, por sua política de buscar autossuficiência produtiva – inclusive bloqueando exportações de plantas em maio de 2021 -, adquiriu 353,5 mil toneladas, contra a ascensão dos Emirados Árabes a 389,5 mil/t (+28,54%).

Vale frisar que outros compradores tradicionais, como a União Europeia, que já ‘bateu’ muito no frango brasileiro em passado recente, manteve o viés comprador em alta de 13,23%, embora o volume geral para a soma dos países do bloco possa ser considerado pequeno, de pouco acima de 193 mil/t.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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