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Fundo imobiliário recebe proposta para vender ativos na região da Faria Lima por uma bolada; cota chega ao maior valor desde 2017

07 mar 2024, 13:50 - atualizado em 07 mar 2024, 14:37
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Índice de fundos imobiliários opera em alta puxado por fundo de lajes, que dispara nas máximas em 7 anos após proposta (Foto: CSHG Prime Offices/Divulgação)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em alta nesta quinta-feira (07), em pregão sem recordes, por enquanto. Ontem, o Ifix renovou a máxima histórica no movimento intradiário, a 3.371 pontos.

Por volta das 14h35 (de Brasília), o índice subia 0,16%, aos 3.370 pontos, na máxima do dia.



Entre os mais de 100 de FIIs listados, o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) derretia 5,3% no horário acima e liderava as perdas em mais um pregão. O VIUR11 recua pelo quinto dia seguido e pode engatar o oitavo mês de desvalorização.

Por outro lado, parte da alta do Ifix vem do salto de 6,4% do CSHG Prime Offices (HGPO11). Com volume incomum de negócios nesta quinta-feira, o FII lidera as altas, chegando a disparar 7,5% no fim da manhã.

Fundo imobiliário recebe outra proposta e pode acabar

O HGPO11 interrompe uma sequência de três dias seguidos de queda após receber uma proposta não vinculante para vender o seu portfólio, por R$ 578,3 milhões. O equivalente a R$ 46,1 mil por metro quadrado.

O fundo é dono dos edifícios Metropolitan e Platinum, ambos próximos à avenida Brigadeiro Faria Lima, no Itaim Bibi, em São Paulo. Os valores mostram que a demanda por escritórios na região está aquecida.

Com demanda, escritórios dão sinais de recuperação; é hora de apostar em lajes?

O Metropolitan, localizado na rua Amauri, tem 19 unidades e área bruta locável (ABL) de 10,2 mil metros quadrados. Atualmente, ele está 100% ocupado.

Por sua vez, o Platinum, na rua Jerônimo da Veiga, está com ocupação de 82,70% em suas 12 unidades. A ABL soma 2,5 mil metros quadrados.

Em comunicado, o HGPO11 não revelou o possível comprador. Porém, disse que a oferta de compra tem como condição precedente uma captação de recursos.

Com isso, caso o FII venda os imóveis, ele deverá ser liquidado.

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O fundo de lajes corporativas é administrado pela corretora Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), que teve a sua venda aprovada para o Pátria Investimentos nesta semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em negócio de R$ 650 milhões.

O fundo imobiliário já havia recebido proposta em 2022 para a venda de seu portfólio. Na época, o valor foi abaixo de R$ 500 milhões.

Em carteira recomendada divulgada na semana passada, a Guide Investimentos destacou a recente tentativa de liquidação do fundo, mas rejeitada em assembleia geral de cotistas.

Segundo a corretora, a CSHG tinha uma visão para os próximos dois anos de vender os imóveis por R$ 42 mil a R$ 45 mil o metro quadrado, tendo então o valor esperado de aproximadamente R$ 303 a R$ 325 cota.

Cotas do HGPO11 disparam e têm maior valor em 7 anos

No pregão de hoje, a cota do FII variou entre R$ 301,01 e R$ 311, maior patamar desde 2017.

O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, acrescenta que o montante ofertado para compra dos ativos, sem considerar custos e taxas envolvidos, representa um prêmio de 9,6% sobre o atual valor de mercado do fundo – na casa dos R$ 306 -, e de 9% sobre o seu valor patrimonial.

“A gestora ainda sinalizou que há conversas com outros potenciais compradores. Desta forma, podemos ter novidades em breve. As cotas disparam devido ao ganho de capital interessante [com a proposta]”, destaca.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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