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Gerdau (GGBR4): Ativa reduz preço-alvo, mas empresa segue como melhor aposta em siderurgia

31 maio 2022, 15:52 - atualizado em 31 maio 2022, 15:52
Gerdau
Ativa tem boas perspectivas para a Gerdau nos próximos trimestres (Imagem: Facebook/Gerdau)

A Ativa Investimentos reduziu o preço-alvo das ações da Gerdau, indo de R$ 39 para R$ 37 – o que implica um potencial de alta de 27%. A corretora segue otimista com a companhia, reiterando sua recomendação de compra e tendo-a como melhor aposta.

A Gerdau apresentou resultados sólidos no 1T22, apesar do aumento nos preços spot de matérias-primas no mercado internacional, o que impactou os seus custos, e com a situação macroeconômica afetando a demanda siderúrgica no ambiente doméstico.

De acordo com a corretora, o desempenho da siderúrgica é motivado especialmente por conta do alcance de fortes margens no mercado norte-americano, “que segue tracionado em função da demanda dos segmentos de construção não residencial e de manufatura”, explica.

A Ativa enxerga a Gerdau sendo negociada atualmente a 2,8x (vs 5,6x nos últimos três anos) e com prognósticos positivos para os próximos trimestres (principalmente de sua operação norte-americana).

On America ainda é destaque

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da unidade norte-americana da Gerdau triplicou quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado, destaca a Ativa.

“Os resultados da divisão seguem nos surpreendendo positivamente em função da forte demanda advinda do setor de construção não-residencial e manufatureiro. Apesar dos desafios logísticos e de mão de obra, o backlog da divisão de 80 dias corrobora a força atual da divisão”.

A Ativa destaca que a operação observa “positiva jornada de transformação, que atingiu uma margem Ebitda de 33% (vs. 5,6% no 1T18)”. A corretora espera que a exigência do governo norte-americano de que projetos do pacote de infraestrutura utilizem produtos fabricados no país se traduza em pedidos a partir do 4T22.

Capital de giro, endividamento e dividendos

No primeiro trimestre do ano, o fluxo de caixa livre da Gerdau foi de 15% da receita (ou 52% do Ebitda), “mesmo com o alto pagamento de impostos e variação de capital de giro”.

Segundo a Ativa, foi o terceiro trimestre consecutivo onde Gerdau conseguiu converter mais de 50% do seu Ebitda em caixa líquido, e também o oitavo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo e o sétimo seguido com valores acima de R$ 1 bilhão.

A Ativa acrescenta que o ciclo financeiro de 66 dias é o segundo menor para um primeiro trimestre nos últimos dez anos.

“Acreditamos que as desafiadoras dinâmicas inflacionária e logística deverão continuar pressionando o capital de giro da companhia que, se conseguir manter as margens obtidas no 1T22 (principalmente na operação norte-americana), tem como passar por este momento sem maiores preocupações”.

Em relação ao endividamento, a companhia registrou uma redução de R$ 1,2 bilhão em sua divida bruta em função da valorização do real. Com caixa de R$ 7,6 bilhões, a alavancagem está confortável em 0,2x, diz a Ativa.

“O conforto na posição financeira permitiu que Gerdau anunciasse o pagamento de R$ 0,57 por ação da companhia e R$ 0,29 em GOAU4 neste 1T22, bem como a abertura de um programa de recompra de ações que durará um ano e meio e envolverá até 5% do total de circulação de GGBR4 e 10% do total de circulação de GOAU4”, lembra a corretora.

Em dividendos, a Gerdau dá a entender que, por ora, manterá o pagamento de 30% de seu lucro líquido.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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