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Hapvida (HAPV3) toma injeção de ânimo e dispara; ação merece segunda chance?

14 maio 2024, 15:56 - atualizado em 14 maio 2024, 16:03
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Na noite da última terça, a empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 506,8 milhões, salto de 53,3%. (Imagem: Linkedin)

Após trimestres de resultados considerados fracos pelo mercado, em meio à fusão com a Intermédica, a Hapvida (HAPV3) dá sinais de que o pior passou. Por volta das 15h41, a ação da operadora de saúde saltava 8,68%, a R$ 4,38.

Na noite da última terça, a empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 506,8 milhões, salto de 53,3%.

Além disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no trimestre somou R$ 1,01 bilhão, crescimento de 59,4% ano a ano, o maior valor desde a combinação de negócios com a NotreDame Intermédica.

E para coroar o bom momento, a sinistralidade caixa da companhia foi de 68% no trimestre, recuo de 4,3 pontos percentuais na base anual e de 1,3 ponto percentual na comparação com último trimestre de 2023.

“Os resultados da Hapvida no primeiro trimestre foram fortes, acima do esperado pelo Bradesco BBI (o Ebitda ficou 9% acima da estimativa e o lucro líquido superou em 25%, com menores despesas financeiras impulsionando ainda mais o resultado final)”, destacam Marcio Osako e José Ricardo Rosalen, que assinam o relatório.

Para o BTG, a companhia divulgou resultados melhores do que o esperado, apresentando uma melhora considerável na sinistralidade (-130 bps t/t e -430bps a/a) que impulsionou outro aumento na margem Ebitda ajustada (+500bps a/a para 14,5%), a mais alta desde a fusão com a GNDI.

“Os resultados, que também foram marcados por uma sólida geração de fluxo de caixa, parecem mais um passo bem-sucedido na reestruturação da empresa. Embora os nossos números estivessem um pouco abaixo do consenso desta vez, os números reportados também devem ser uma surpresa positiva para o mercado”, destaca.

Já os analistas da Genial continuam ver sinais de recuperação operacional, fruto das estratégias de reajuste agressivo no ticket-médio da companhia e de foco no controle de custos e despesas.

“A sinistralidade caixa é um dos destaques positivos do trimestre, que alcança 68% em um trimestre sem sazonalidade positiva. Ainda mais, observamos a geração de caixa livre e diminuição do endividamento da companhia como os principais pontos a serem destacados nesse trimestre”, colocam.

Hora de colocar Hapvida para dentro?

Na visão do Safra, o resultado do primeiro trimestre confirma a tese de recuperação da Hapvida, prevendo melhorias significativas em MLR, margem Ebitda, lucro líquido, fluxo de caixa livre, alavancagem e capital regulatório.

“Temos uma classificação outperform (equivalente à compra) em HAPV3 e mantemos o status de primeira escolha da ação entre nossa cobertura de saúde, já que a batida do 1T24 abre espaço para possíveis revisões de ganhos para cima”, colocam Ricardo Boiati e Rafael Une, que assinam o documento.

O BTG foi na mesma onda e também reiterou recomendação de compra para a empresa, que é a principal escolha no setor de saúde para o banco.

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“O valuation (de 17x o preço sobre o lucro ajustado 2024) pode parecer elevado, mas assumindo uma margem Ebitda de 15% em 2025 (430bps acima de 2023), a ação é atraente a 11x preço sobre o lucro ajustado 2025, quando os lucros se aproximarem dos padrões normalizados”, justificam.

Por outro lado, a Genial prefere aguardar mais antes de recomendar compra em Hapvida.

“Hapvida apresenta mais uma vez sinais claros de recuperação operacional, com crescimento da receita líquida mesmo com redução de beneficiários e retorno da sinistralidade caixa a patamares praticamente em linha com período pré-pandemia. Ainda assim, buscamos consistência nos sinais positivos para os próximos trimestres, o que nos leva a reiterar nossa recomendação de manter com preço-alvo de R$ 5”, completam.

Com informações da Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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