BusinessTimes

Ibovespa ainda tem fôlego para chegar a 110 mil pontos, avalia Bank of America

29 jul 2020, 17:26 - atualizado em 29 jul 2020, 17:26
JBS
Favoritas: empresas de proteína animal, como a JBS, são destaques da Bolsa brasileira, segundo o Bank of America (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

À medida que cresce, no mercado, a avaliação de que o pior da pandemia de coronavírus ficou para trás, os investidores começam a sustentar uma discreta alta do Ibovespa. A dúvida, agora, é até onde o principal índice da B3 (B3SA3) pode chegar em 2020.

Entre as instituições que se dispuseram a dar uma resposta, está o Bank of America (BofA). Em relatório enviado hoje a clientes e obtido pelo Money Times, o BofA afirma que, no seu cenário básico, o Ibovespa terminaria o ano em 100 mil pontos. Caso a previsão se confirme, significaria uma queda de cerca de 5% sobre o patamar de 105 mil pontos recém-conquistado.

Mas, no melhor cenário (bullish, no jargão do mercado), o índice pode chegar aos 110 mil pontos. Assim, haveria margem para uma valorização de cerca de 5%, em relação ao seu atual nível.

Claudio Irigoyen e Gabriel Tenorio, que assinam o relatório do BofA, observam que as expectativas para a temporada de balanços de empresas brasileiras, referentes ao segundo trimestre, são bastante baixas, o que pode dar espaço para algumas surpresas positivas.

O BofA estima que as empresas que compõem o Ibovespa registrem uma “queda sem precedentes” de 40% do lucro, em relação ao mesmo período do ano passado. Os piores resultados serão vistos, segundo o banco, nos setores de shopping centers, consumo discricionário, construtoras, energia e aviação.

Lado positivo

As boas notícias ficarão por conta das empresas de proteína animal e de matérias-primas, com destaque para o minério de ferro.

O BofA acrescenta que, em seu portfólio de investimentos, a alocação de recursos para a Bolsa brasileira é marketweight, isto é, com peso igual à média do mercado. Os papéis preferidos pelo banco, no Brasil, são os que podem se beneficiar da retomada da atividade interna.

Se o Ibovespa alcançar, de fato, os 110 mil pontos, deixará uma sensação ambígua nos investidores. De um lado, significará uma forte arrancada, em relação ao pior momento da Bolsa neste ano, quando fechou em 63.604, em 24 de março.

De outro, representará uma perda de cerca de 5% sobre os 116.530 pontos com que o Ibovespa fechou dezembro de 2019.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.