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Ibovespa ameaça perder alta acumulada em 2022 antes de decisões de política monetária

04 maio 2022, 12:50 - atualizado em 04 maio 2022, 12:50
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Às 12:01 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,32%, a 105.116,91 pontos, caminhando para a quarta baixa consecutiva. O volume financeiro era de 7,7 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira caía nesta quarta-feira, em meio ao desempenho misto das ações nos Estados Unidos, à medida que o mercado aguardava por pistas sobre os novos passos da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos em decisões de juros a serem divulgadas mais tarde.

Balanços de empresas movimentam a sessão localmente e no exterior.

Vale e B3 eram as maiores pressões ao índice, enquanto Petrobras, ajudada por preço do petróleo e expectativa por resultado, limitava as perdas.

Às 12:01 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,32%, a 105.116,91 pontos, caminhando para a quarta baixa consecutiva. O volume financeiro era de 7,7 bilhões de reais.

Pedro Paulo Silveira, gestor na Nova Futura, diz que a performance está “em linha com a cautela” antes das decisões sobre juros. “Estamos em um risk-off”, afirma.

O índice estava próximo de romper a barreira dos 104.822,44 pontos, o que representará que passou a acumular queda em 2022. O Ibovespa teve um início estelar de ano, chegando a avançar 16% ante o último pregão de 2021, mas apagou ganhos a partir de abril, especialmente por causa dos impactos da alta de juros nos EUA.

O Federal Reserve (Fed) deve anunciar às 15h uma elevação de 0,5 ponto percentual nos juros dos EUA, conforme amplamente esperado pelo mercado, o que representará uma aceleração no ritmo do aperto monetário iniciado em março. Há expectativa também pelo anúncio do começo da redução do balanço patrimonial da instituição.

O foco dos investidores, entretanto, estará na coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, após o anúncio da decisão, em que buscarão sinalizações sobre o ritmo de aperto monetário a ser adotado.

No Brasil, o Banco Central (BC) anuncia a decisão de juros após o fechamento dos mercados, com estimativa majoritária de alta de 1 ponto na Selic.

A atenção dos investidores estará no comunicado, que deve detalhar o cronograma de encerramento do ciclo de alta de juros no país.

Os principais índices de ações em Wall Street operavam em direções distintas, com avanço leve do Dow Jones, mas queda de 1% do Nasdaq Composite.

Destaques

Petrobras (PETR4) e  Petrobras (PETR3)subiam 1,4% e 0,8%, respectivamente, diante de alta de mais de 3% do preço do petróleo Brent, após a União Europeia propor um embargo faseado ao petróleo russo e produtos refinados da matéria-prima. A medida precisa ser aprovada pelos Estados-membros. 3R Petroleum (RRRP3) avançava 0,4%, depois de resultados do primeiro trimestre.

PetroRio (PRIO3) ganhava 1,3% antes de publicar seus números à noite. A Petrobras divulga balanço na quinta-feira.

Marfrig (MRFG3) cedia 6% após o frigorífico anunciar queda de 61% no lucro líquido no primeiro trimestre ano a ano, pressionado pelo aporte na BRF, ainda que o resultado operacional tenha sido recorde para o período.

Vale (VALE3) tinha queda de 2,5% e siderúrgicas também cediam. Parte das bolsas com negociações de commodities na Ásia seguiam fechadas.

Itaú (ITUB4) perdia 1,1%, em sessão sem direção comum para bancos de varejo.

TIM Brasil (TIMS3) reduzia 0,2%. A operadora de telecomunicações teve alta de 46,4% no lucro líquido do primeiro trimestre frente a um ano antes. A empresa ainda disse que espera praticamente dobrar patamar de dividendos em 2022 e seus executivos afirmaram que o foco será em 5G a partir de 2023.

XP (XP)perdia cerca de 18% em Nova York, após o lucro da empresa desacelerar entre janeiro e março com menor crescimento da base de clientes e da captação líquida, em meio a efeitos da Covid-19 e da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Klabin (KLBN11) se valorizava em 3,2%, após anunciar dividendos e em meio à desvalorização do real ante o dólar, enquanto Suzano (SUZB3), também beneficiada pelo câmbio, tinha ganho de 0,8%.

Azul (AZUL4) retraía 6,8% e Gol (GOLL4) tinha baixa de 5,4%, em meio aos avanços do dólar e do petróleo.

Iguatemi (IGTI11) exibia baixa de 2,8% após balanço publicado na noite da véspera pressionado por desvalorização da participação da empresa na plataforma de comércio eletrônico Infracommerce. Operadoras de shopping cediam em geral. Infracommerce (IFCM3), que não está no Ibovespa, afundava 9,8%.

Raia Drogasil (RADL3) caía 3,8%, após queda de 18% no lucro líquido ajustado do primeiro trimestre na base anual.

Cielo (CIEL3) devalorizava-se 2,9%, mesmo após lucro líquido recorrente subir 35,9% nos três primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2021.

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