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Ibovespa caminha para nova perda semanal com Treasuries e Brasília no radar

26 fev 2021, 12:35 - atualizado em 26 fev 2021, 12:35
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Às 12:31, o Ibovespa caía 0,81%, a 111.345,67 pontos (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa não mostrava uma direção firme nesta sexta-feira, com uma bateria de resultados corporativos no radar, e caminhava para nova queda na semana, marcada por preocupações com o movimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, além de receios fiscais e políticos no Brasil.

Às 12:31, o Ibovespa caía 0,81%, a 111.345,67 pontos. O volume financeiro somava 9,6 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa perdia 5,56%, acumulando a terceira queda semanal consecutiva, infligindo um declínio de 2,8% em fevereiro.

No segmento Bovespa, o saldo de estrangeiros estava negativo em 4,6 bilhões de reais em fevereiro até o dia 23, de acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela B3. O dado não inclui o fluxo para IPO e follow on.

A equipe da XP Investimentos destacou em nota a clientes que as atenções continuam voltadas para o aumento dos juros das Treasuries e para os novos estímulos fiscais que estão para ser implementados em diversas economias. Em Wall Street, o S&P 500 oscilava ao redor da estabilidade.

No Brasil, a resistência a medidas de ajuste fiscal e à desvinculação de receitas da saúde e da educação adiou a leitura do parecer da PEC Emergencial para a próxima terça-feira, corroborando um cenário de dificuldades que o texto da PEC deve enfrentar no Parlamento.

Destaques

Minerva (BEEF3)subia 5,4%, maior alta do Ibovespa, tendo de pano de fundo proposta de pagamento complementar de dividendos, embora o lucro líquido no quarto trimestre tenha recuado 53,2% no comparativo anual.

Fleury (FLRY3) valorizava-se 1,15%, após salto de quase 150% no lucro de outubro a dezembro, com a disparada na procura por testes de Covid-19 e a retomada por exames e atendimento

Eneva (ENEV3) avançava 2%, após anunciar comercialidade da acumulação Fortuna, descoberta no Bloco PN-T-102A, na Bacia do Parnaíba.

Itaú Unibanco (ITUB4) subia 0,6% e Bradesco (BBDC4) oscilava ao redor da estabilidade, com o destaque no setor ficando para BTG Pactual (BPAC11), em alta de 1,2%.

Vale (VALE3)  cedia 0,6%, após lucro de 739 milhões de dólares no quarto trimestre, afetado pelo acordo de 37,69 bilhões de reais relacionado a Brumadinho. A mineradora anunciou distribuição de dividendos e manteve a meta de produção de minério de ferro em 2021.

BRF (BRFS3) caía 3,5%, mesmo após lucro de 902 milhões de reais no quarto trimestre, acima do esperado no mercado. Em teleconferência com analistas, executivos citaram expectativa de pressão de custos de grãos no primeiro semestre, que deve levar a alguma “adequação” de preços de produtos da companhia.

Petrobras (PETR4) recuava 1,9%, em semana volátil, marcada por resultado recorde no último trimestre de 2020, mas dúvidas relacionadas à autonomia da estatal, principalmente após movimentações coordenadas por Brasília para a troca do comando da companhia.

Burger King Brasil (BKBR3) perdia 5%, entre os piores desempenhos do índice Small Caps, após resultado do quarto trimestre que mostrou queda de receita e vendas na comparação ano a ano e resultando em prejuízo líquido de 97,3 milhões de reais.

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