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Ibovespa engata 4ª queda seguida e toca mínimas em um mês

22 jan 2021, 13:52 - atualizado em 22 jan 2021, 13:52
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No exterior, os futuros acionários norte-americanos também recuavam, assim como as bolsas na Europa e os preços do petróleo (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) engatava a quarta sessão de queda nesta sexta-feira e trabalha no patamar dos 116 mil pontos, em meio à aversão global a risco, além preocupações no Brasil com o quadro fiscal, a cena política e contínua disseminação do coronavírus.

Às 11:08, o Ibovespa caía 1,17%, a 116.941,11 pontos, com poucas ações de sua carteira no azul. Na mínima, chegou a 116.108,90 pontos, menor nível intradia desde 22 de dezembro. O volume financeiro somava 4,7 bilhões de reais.

“Preocupações com a persistente disseminação do Covid-19 em várias partes do globo, levando ao fechamento de importantes regiões, se sobrepõem às notícias positivas sobre balanços corporativos e estímulos econômicos”, afirmou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

No exterior, os futuros acionários norte-americanos também recuavam, assim como as bolsas na Europa e os preços do petróleo.

Problemas para a obtenção de vacinas, além de atrasos na entrega, ampliam as preocupações, conforme o número de casos e mortes por Covid-19 não para de crescer. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 1.316 novos óbitos na quinta-feira, quando foram notificados 59.119 novos casos.

Os riscos associados ao cenário político no país e preocupações com o cenário fiscal, conforme o atraso na vacinação contra o coronavírus mantém vivas as pressões pela extensão do auxílio emergencial, adicionam volatilidade e pressionam as ações brasileiras.

“Continuamos a enfatizar a seletividade de nossa carteira”, afirmou o BTG Pactual em nota da área de gestão de recursos do banco enviada a clientes.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) cai 2,61%, assim como Bradesco (BBDC4) , contaminados pela aversão a risco, além de preocupações sobre deterioração adicional do ambiente econômico no país.

Btg Pactual (BPAC11) cedia 1,69%, um dia após precificar follow-on quase sem desconto da cotação corrente, levantando 2,57 bilhões de reais.

Petrobras (PETR4) recuava 2,98%, seguindo o viés mais vendedor na bolsa, com a queda nos preços do petróleo no exterior corroborando o declínio.

Vale (VALE3) perdia 1,84%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho, também sob efeito da aversão a risco, além de queda dos preços futuros do minério de ferro na China.

A mineradora afirmou no final da quinta-feira que retomou produção de pelotas em Vargem Grande após quase dois anos de paralisação.

IRB Brasil (IRBR3) caía 5,13%, tendo ainda no radar resultado de novembro, com prejuízo líquido de 124,5 milhões de reais no penúltimo mês de 2020, ampliando a perda acumulada em outubro e novembro a 148,3 milhões de reais.

O resultado completo do último trimestre de 2020 está previsto para 18 de fevereiro, após fechamento do pregão.

B2W (BTOW3) subia 0,46%, entre os poucos papéis do Ibovespa no azul, dando continuidade à recuperação desde os primeiros pregões do mês, com a alta em janeiro já superando 19%.

A sua controlada Lojas Americanas (LAME4) ganhava 0,12%.

Via Varejo (VVAR3) cedia 0,91% e Magazine Luiza (MGLU3) subia 0,20%.

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