Mercados

Ibovespa fecha em queda e com volume reduzido antes de Fed e Copom

16 mar 2021, 17:11 - atualizado em 16 mar 2021, 17:50

 

Banco Central
O volume financeiro somava 24,3 bilhões de reais, ante média em março de mais de 40 bilhões de reais (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta terça-feira, refletindo certa cautela antes de decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil, principalmente, na quarta-feira, o que também reduziu o volume negociado na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,72%, a 114.018,78 pontos. O volume financeiro somou 26,3 bilhões de reais, ante média em março de mais de 40 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, além da decisão, o Federal Reserve anuncia projeções econômicas e agentes financeiros buscarão sinais sobre como o banco central norte-americano está avaliando os efeitos dos estímulos fiscais e da vacinação na economia.

Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos – referência para muitos ativos financeiros no mundo – dispararam recentemente por preocupações sobre pressões inflacionárias e o risco de uma elevação nos juros pelo Fed.

De acordo com o estrategista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, o risco é Fed precisar antecipar o ciclo de alta dos juros, dada a recuperação econômica e pressão inflacionária potencial com o pacote de 1,9 trilhão de dólares.

Em paralelo, no Brasil, a previsão é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a Selic pela primeira vez em quase seis anos, com uma alta de 0,5 ponto percentual sobre os atuais 2% ao ano.

O Fed divulga sua decisão às 15h, enquanto o Copom anuncia após o fechamento do mercado.

Investidores também continuam monitorando o noticiário de enfrentamento da pandemia de Covid-19, que passa pelo pior momento no Brasil, com o governo decidindo trocar novamente o ministro da Saúde.

O Brasil é o país que registra atualmente os maiores números diários de mortes e infecções notificadas no mundo na média dos últimos sete dias, segundo contagem da Reuters.

A pandemia, na visão do estrategista-chefe do Itaú BBA, Marcelo Sa, é a variável mais relevante para analisar como será a performance da bolsa, em razão dos potenciais efeitos no crescimento econômico e no quadro fiscal do país.

Destaques

Gol (GOOL4) perdeu 6,36% e Azul (AZUL4)  recuou 6,19%, após figurarem entre as maiores altas do Ibovespa na segunda-feira.

No setor de viagens, CVC Brasil (CVCB3) caiu 7,46%, com o noticiário sobre a suspensão da vacina da AstraZeneca por vários países europeus no radar.

Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 2,04% e Bradesco (BBDC4) recuou 1,66%, entre as maiores pressões negativas, com apenas Banco do Brasil (BBAS3) fechando no azul entre os bancos no Ibovespa, com elevação de 0,27%

Petrobras (PETR4) cedeu 1,56%, em sessão de queda do preço do petróleo no exterior. Além disso, a terça-feira previa reunião do Comitê de Pessoas da companhia para analisar a indicação do general Joaquim Silva e Luna para integrar a petrolífera.

Vale (VALE3) fechou em baixa de 0,32%, destoando do setor de mineração e siderurgia, que mostrou Usiminas (USIM5) disparando 8,55%, CSN (CSNA3) avançando 3,13% e Gerdau (GGBR4) valorizando-se 1,02%.

Analistas do BTG Pactual (BPAC11) reiteraram recomendação de “compra” para Usiminas e Gerdau, elevando os respectivos preços-alvo a 22 e 37 reais, de 17 e 30 reais.

O BTG também reiterou “compra” para Vale e elevou o preço-alvo do ADR da mineradora.

Klabin (KLBN11) avançou 4,37% e Suzano (SUZB3) subiu 3,29%.

O BTG também reiterou recomendação de compra para os papéis, com o preço-alvo de Klabin passando de 29 para 38 e o de Suzano de 81 para 101 reais.

Os analistas do BTG afirmaram que continuam a acreditar que o mundo atravessa em um “superciclo de commodities” que ainda está em seu começo.

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