Mercados

Petrobras (PETR4) e Bolsonaro balançam Ibovespa (IBOV) nesta terça; entenda

22 nov 2022, 18:09 - atualizado em 22 nov 2022, 18:28
Ibovespa
Petrobras e ruídos políticos caem sobre o Ibovespa; incertezas persistem (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O alívio que o Ibovespa (IBOV) sentiu no pregão passado durou pouco. O índice de referência da Bolsa brasileira voltou a cair nesta terça-feira (22), com Petrobras (PETR4) pressionando o mercado. Ruídos políticos, principalmente vindo do lado do partido do atual presidente da República Jair Bolsonaro, o PL, aprofundaram a trajetória de queda.

O Ibovespa encerrou a sessão com perdas de 0,64%, a 109.036,54 pontos.

As ações preferenciais da Petrobras recuaram 0,98% após o UBS BB rebaixar a recomendação de compra para venda e realizar um corte drástico no preço-alvo do papel, de R$ 47 para R$ 22. Os papéis ordinários da companhia conseguiram virar e fecharam praticamente estáveis (+0,05%).

O rebaixamento pelo UBS BB é apoiado em um maior pessimismo quanto ao preço dos combustíveis, aos investimentos e despesas gerais, de acordo com relatório assinado por Luiz Carvalho e equipe.

Jogando mais volatilidade sobre as ações, fontes afirmaram à Reuters que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, planeja uma ampla troca no primeiro e segundo escalões da companhia e que pelo menos parte dos dividendos astronômicos sendo pagos pela estatal a acionistas na onda da alta do petróleo será direcionado a investimentos.

Na contramão da estatal, a petroleira júnior PRIO (PRIO3) avançou 2,84% nesta terça. A CSN (CSNA3), com alta de mais de 3%, foi destaque positivo do Ibovespa na sessão. A companhia anunciou pagamento bilionário em dividendos.

Contestação das eleições

O PL, partido de Bolsonaro, entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a apuração de um suposto mau funcionamento nas urnas eletrônicas usadas no segundo turno das eleições gerais de 2022.

Valdemar Costa Neto, presidente do partido, apresentou parte de um relatório produzido a pedido do PL sobre a apuração dos votos. Segundo o engenheiro responsável pelo documento, foram analisadas as informações divulgadas pelo próprio TSE de forma pública.

Membros do partido e representantes da empresa contratada para a auditoria afirmaram que foram identificados erros nas linhas de identificação das urnas. Segundo o relatório, as urnas de fabricação anterior a 2020 não apresentam os mesmos padrões que as urnas novas. Os erros, segundo a auditoria apresentada, não possibilitam identificar a quais urnas pertencem cada boletim de urna e, dessa forma, fazer a checagem da contabilização dos votos.

O relatório também indica que houve problema ao reiniciar urnas que apresentaram falhas. Segundo o documento, ao fazer isso, os dado dos eleitores foram violados e expostos, representando violação às regras eleitorais.

Alexandre de Moraes, presidente do TSE, determinou que o partido apresente em 24 horas um pedido de anulação que englobe o primeiro e o segundo turno com as auditorias completas das duas votações.

PEC da Transição

Investidores continuam à espera de sinais mais concretos sobre os gastos públicos em 2023.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse hoje que ainda não há consenso em torno da PEC da Transição, aventando a hipótese de se adotar uma solução emergencial para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 ano que vem.

Pacheco também afirmou que não há ainda acordo sobre o prazo de vigência da excepcionalização ao teto dos valores destinados ao Bolsa Família, assim como também não está certo o tamanho da brecha a ser autorizada.

O gabinete de transição sugeriu uma margem de R$ 175 bilhões a serem liberados a partir da minuta de PEC entregue ao Congresso. O governo eleito sinaliza estar disposto a negociar incluir no texto a previsão de definição de uma nova âncora fiscal, que seria detalhada por meio de um projeto de lei complementar.

A Ágora Investimentos destaca que, qualquer que seja a proposta encaminhada ao Congresso, a PEC precisará ser aprovada em dois turnos até o dia 15 de dezembro.

“Portanto, qualquer atraso no envio pode ser visto como entrave na aprovação, aumentando as incertezas – com possíveis contrapartidas nas taxas de juros futuras”, comenta.

No exterior, os mercados aguardam a ata da última reunião do FOMC, a ser divulgada amanhã. Investidores querem novas pistas sobre a trajetória do juro na maior economia do mundo.

Com Reuters

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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