Mercados

Ibovespa (IBOV) a 140 mil pontos virou coisa do passado? Veja as projeções para o índice

23 abr 2024, 16:28 - atualizado em 23 abr 2024, 16:32
ibovespa ibov
Pesquisa da XP com assessores apontou para uma estimativa de 134 mil pontos para o Ibovespa até o final do ano (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

No final de 2023, período em que o Ibovespa (IBOV) engatou um rally, os analistas do mercado estavam otimistas quanto ao desempenho do índice este ano. Segundo eles, o índice poderia ultrapassar os 140 mil pontos.

No entanto, o começo do 2024 se mostrou diferente. O principal índice da Bolsa acumula desvalorização de cerca de 6% e luta para não perder, novamente, a região dos 125 mil pontos.

Uma pesquisa com assessores filiados à XP Investimentos, de abril, mostra um aumento de 12 pontos percentuais (p.p.) no sentimento de cautela em relação à bolsa brasileira, com 64% dando nota 7 ou maior — numa escala de 0 a 10. A média das respostas foi de 6,9, abaixo dos 7,3 no mês anterior.

Em relação às projeções para o Ibovespa, a média apontou para uma estimativa de 134 mil pontos até o final do ano, abaixo das projeções de 138 mil em março e 136 mil em fevereiro.

A porcentagem dos que indicaram um patamar abaixo dos 120 mil pontos aumentou em 4 p.p., para 11%. Já os que parecem estar bastante otimistas — acima de 140 mil pontos — caíram de 41% para 27%.

Os suportes e resistência do Ibovespa

Na semana passada, quando os investidores gringos sacaram R$ 4,63 bilhões da B3 em apenas dois dias, o índice perdeu os 125 mil pontos. Nos últimos pregões, entretanto, ele recuperou o patamar, refletindo uma melhora no ânimo dos mercados internacionais e os balanços das empresas de tecnologia.

Segundo os grafistas do BB Investimentos, o padrão do candle da última quinta-feira (18), associado ao avanço de sexta (19), denota uma reversão para alta, como aconteceu na segunda (22). No entanto, o IBOV ainda navega em águas turbulentas e os analistas seguem céticos em afirmar que esse movimento se sustente, dado que permanece em um canal secundário de baixa.

Agora, a região dos 123 mil pontos é o suporte mais relevante de curtíssimo prazo, diz o BB. O patamar provou atrair fluxo comprador, mesmo com os sinais vindos do exterior evidenciando um ambiente de maior aversão a risco. O receio é de que o Federal Reserve não corte os juros em breve.

Os grafistas também indicam os patamares de 124,2 mil e 120,6 mil como suportes.

“Essa semana, o canal de baixa deve encontrar com a MM200, que também tem se mostrado um balizador importante de marcação de tendência. Caso se recupere, estimamos que eventual alta devolva as cotações para a zona de congestão entre 126 e 129 mil pontos”, dizem.

Os patamares de 126 mil, 128,1 mil e 129,2 mil são eleitos como as próximas resistências do Ibovespa, apostam os analistas do BB.

Temporada de balanços do 1T24 deve mexer com o Ibovespa

Os analistas do BB Investimentos afirmam que surpresas com o início da divulgação da temporada de resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) devem estimular os volumes individuais de transação ao longo da safra.

Para o BB, a visão agregada é de um trimestre neutro, com poucos destaques setoriais positivos, mas sem grandes surpresas negativas. “Continuamos dependentes dos sinais emitidos pelo Fed e da calibragem de risco dos mercados globais dentro de um contexto cada dia mais complexo”, complementa.

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A expectativa é que empresas domésticas em setores mais cíclicos, sensíveis às trajetórias dos juros no Brasil, e alavancadas sofram desvalorizações. Para as produtoras de commodities, a redução nos preços também deve trazer impactos negativos.

“Como todo trimestre, os resultados servem como um importante balizador não apenas em relação à evolução da atividade operacional das companhias e o cumprimento de suas estratégias, mas também em relação ao que esperar para o restante do ano”, afirma.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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