Bula do Mercado

Ibovespa olha para o exterior em busca de rali de fim de ano

02 dez 2022, 7:53 - atualizado em 02 dez 2022, 7:53
Mercados globais
Ibovespa inicia dezembro pisando no freio e espera ‘empurrãozinho’ dos mercados internacionais para conseguir uma arrancada na reta final do ano (Imagem: Unsplash/ Frank Busch)

O Ibovespa iniciou dezembro pisando no freio, com os investidores desconfiados quanto ao espaço para engatar um rali de fim de ano. O mercado aguarda definição sobre quem será o ‘posto Ipiranga’ do presidente eleito e também sobre qual será o tamanho da PEC da Transição

Ainda assim, a percepção de que os juros dificilmente vão abandonar a faixa ao redor de 14% inibe qualquer melhora da bolsa brasileira, tornando a visão sobre a inflação e o crescimento econômico menos otimista. Então, só um “empurrãozinho” dos mercados globais é capaz de dar carona ao Ibovespa para uma arrancada final.

Olhe para fora

Lá fora, a expectativa pelo payroll deixa os ativos na linha d’água. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem um ligeiro viés negativo, antes de conhecerem a situação do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Será o primeiro grande indicador a ser divulgado antes da reunião de dezembro do Federal Reserve

É cada vez mais certa a chance de redução no ritmo de aumento da taxa de juros norte-americana neste mês. Ainda mais após a confirmação dada pelo próprio presidente do Fed, Jerome Powell. Porém, ele também deixou claro que o ciclo de aperto pode durar mais tempo, com a taxa terminal um pouco mais alta do que o esperado. 

Portanto, qualquer rali do Ibovespa deve vir a reboque dos mercados internacionais. Afinal, não se esperam novidades até meados deste mês sobre a equipe econômica do governo Lula nem sobre o “puxadinho” a ser feito no teto de gastos para contemplar promessas de campanha – e por quanto tempo.

Por ora, é a seleção brasileira na Copa do Mundo que rouba a cena entre hoje e segunda-feira, já na fase do mata-mata. Mas os obstáculos à bolsa brasileira também estão nos gráficos.

Enquanto é permitido sonhar com a marca dos 130 mil pontos, quase impossível de ser alcançada até o fim de dezembro, o ideal é que o Ibovespa se segure acima dos 106 mil pontos. Caso contrário, entrará em tendência de baixa, começando 2023 com o pé esquerdo. 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h30:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve baixa de 0,03%; o do S&P 500 oscilava com +0,01%; enquanto o Nasdaq tinha -0,07%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 1,63%, aos 31.73 pontos no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha queda de 1,44%, enquanto o da Petrobras cedia 0,27%; 

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa de 0,08%; a bolsa de Frankfurt ganhava 0,32%; enquanto a de Paris cedia 0,11% e a de Londres recuava 0,25%;

Câmbio: o índice DXY tinha queda de 0,12%, a 104.60 pontos; o euro oscilava com -0,01%, a US$ 1,0526; a libra tinha +0,07%, a US$ 1,2265; o dólar tinha queda de 0,94% ante o iene, a 134,06 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,522%, de 3,511% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,197%, de 4,228, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro oscilava com -0,02%, a US$ 1.814,80 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI tinha -0,07%, a US$ 81,17 o barril; o do petróleo Brent tinha +0,01%, a US$ 86,90 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 0,78%, a 776,50 yuans a tonelada métrica.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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