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Investimento institucional em bitcoin é besteira, segundo um Shark Tank

28 maio 2021, 13:58 - atualizado em 28 maio 2021, 14:11
Apesar de criticar as grandes instituições, “Sr. Maravilha” é a favor de investimento pessoal em bitcoin (Imagem: Twitter/Kevin O’Leary)

Conforme noticiado pelo Decrypt, embora Kevin O’Leary – investidor canadense conhecido como “Sr. Maravilha” no programa televisivo Shark Tank – invista pessoalmente no bitcoin (BTC), ele não acredita que investidores institucionais, como fundos de investimento mútuos ou seguradoras estejam investindo na criptomoeda.

“Você recebe convidados o tempo todo, que dizem ‘Instituições estão investindo em bitcoin’. Isso é besteira”, disse ele a Oliver Renick, do TD Ameritrade Network, ontem (27). “Eles ainda não chegaram nesse patamar.

Não há qualquer instituição, soberania ou plano de pensão que esteja fazendo isso ainda, porque ainda não superaram problemas do tipo ESG.”

A sigla em inglês, “ESG”, referida pelo investidor canadense diz respeito à governança ambiental, social e corporativa, que são critérios considerados por alguns como um indicador de sustentabilidade financeira de uma empresa.

A maior criptomoeda do mundo – o BTC – recebeu críticas de alguns investidores ligados a questões ambientais, que acreditam que os benefícios fornecidos são menores que o consumo energético da rede.

Recentemente, a fabricante de veículos elétricos Tesla decidiu parar de aceitar BTC como uma de suas formas de pagamento, citando questões ambientais.

Além disso, O’Leary sugeriu que as companhias estão em busca de provas de que esses ativos digitais foram criados não com combustíveis emissores de carbono, mas sim com energias renováveis e de maneira ética. 

No entanto, os comentários do investidor vão na contramão da pesquisa feita pelo Bank of America, em que 43% dos participantes reconhecem a compra de bitcoin como o investimento cripto mais popular.

Porém, não é só porque “a grama do vizinho parece mais verde” que ela de fato seja. Afinal, as empresas têm mecanismos limitados para obtenção de exposição ao bitcoin. Segundo dados compilados pelo Bitcoin Treasuries, fundos fiduciários e fundos negociados em bolsa (ETF) têm menos de 5% da quantidade total de BTC.  

Mesmo se forem adicionadas empresas que afirmam ter grandes quantidades de bitcoin, como Tesla, Square e MicroStrategy, e projetos de blockchain, como Tezos Foundation, essa porcentagem passa para 8%.

Ademais, as ações do fundo de bitcoin da Grayscale – que é designado para monitorar o preço atual da criptomoeda – estão indicando que há um sentimento de queda quanto ao BTC, pois a criptomoeda está sendo negociada com um desconto de 13%.

De cético quanto ao bitcoin para defensor de criptomoedas após mudanças regulatórias, o investidor canadense espera que demais investidores se juntem ao mundo cripto. Porém, segundo ele, “se instituições se envolverem, então ‘ferrou’”.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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