BusinessTimes

Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4): Saiba o que esperar dos resultados do 2T22, segundo o BTG

21 jun 2022, 14:47 - atualizado em 21 jun 2022, 14:47
Itaú Unibanco
Com a recente correção nos mercados, o BTG vê Itaú e Bradesco sendo negociados a patamares atrativos (Imagem: Money Times/Márcio Juliboni)

Com a proximidade do fim do trimestre, o BTG Pactual (BPAC11) atualizou suas considerações sobre Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), após conversar com ambas as empresas.

No geral, o BTG está com boas perspectivas para os resultados do segundo trimestre das duas instituições financeiras.

Os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura destacam, em relatório divulgado nesta terça-feira (21), que o mercado de crédito continua ativo, embora a originação de crédito esteja desacelerando na margem, o que deve levar a uma desaceleração de crescimento até o fim do ano.

O time de analistas também acreditam que NPLs (créditos não produtivos) continuarão subindo, pressionados pelo segmento de varejo.

“As provisões para perdas com empréstimos também devem subir, embora isso deva ser parcialmente mitigado por uma recuperação mais forte de dívidas incobráveis”, completam Rosman, Buchpiguel e Paura.

Por outro lado, o BTG afirma que o NII (receita líquida de juros) de clientes deve se expandir a níveis saudáveis no comparativo trimestral. A parte de seguros também tem surpreendido para o lado positivo, destaca.

Sem grandes surpresas

Em relação ao Itaú, o BTG não projeta resultados surpreendentes, mas acha que os números podem vir um pouco acima do modelo projetado pelos analistas, de lucro líquido de R$ 7,4 bilhões (+0,4% t/t e +13% a/a).

A originação em crédito consignado deve surpreender para cima, avalia o BTG, enquanto mercado imobiliário e empréstimos com cartão de crédito devem continuar crescendo.

Os analistas esperam que o Itaú mostre um bom controle de custos, contribuindo para o opex (despesas operacionais).

“No geral, ainda se espera que os resultados venham em linha com o guidance“, completam.

Para o Bradesco, o BTG estima lucro líquido de R$ 6,9 bilhões (+1% t/t e +9% a/a).

As provisões para perdas com empréstimos podem atingir a metade superior da faixa estipulada no guidance para 2022, enquanto as operações de seguros, previdência e capitalização, que até agora registram uma boa performance, devem ficar próximas do topo das estimativas.

O Bradesco acelerou o crescimento de crédito nos primeiros meses do ano. Agora, a expectativa é de uma leve desaceleração no segundo trimestre.

“Com resultados fortes de crédito no segundo trimestre de 2021, o segundo trimestre de 2022 enfrentará comparações difíceis, levando a uma queda no comparativo ano a ano”, comenta o BTG.

Mesmo com um ritmo bom de originação, o crescimento de crédito deve ficar perto do meio da faixa do guidance, afirma.

Ações atrativas

Com a recente correção nos mercados, o BTGItaú e Bradesco sendo negociados a patamares atrativos, com o primeiro abaixo de 8 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022 e o segundo próximo de 7 vezes.

O BTG destaca que os bancos brasileiros estão acostumados com ambientes semelhantes ao atual, de inflação e juros altos, e reforça a recomendação de compra para os dois nomes.

Porém, a preferência no setor recai sobre Itaú e Banco do Brasil (BBAS3).

Receba as principais notícias de Comprar ou Vender!

Cadastre-se gratuitamente na newsletter de Comprar ou Vender e receba, todos os dias (de segunda a sexta-feira), uma seleção com as principais notícias e apontamentos sobre as carteiras de bancos e corretoras, além de um produto exclusivo: a Carteira Money Times, o maior consenso do mercado. Clique aqui para se cadastrar!

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.