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JBS (JBSS3) sofre maior queda diária desde março de 2020; veja o que esperar da ação

21 mar 2023, 12:45 - atualizado em 21 mar 2023, 12:45
JBS
JBS (JBSS3) não anima mercado após retrospecto ruim dos demais frigoríficos e desafios para 2023. (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

As ações da JBS (JBSS3) fecharam em baixa de 7,27%, a maior queda diária desde março de 2020, segundo dados levantados pela Economatica/TC.

Nesta terça-feira (21), dia em que a companhia reporta seus resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22), os papéis ensaiam leve recuperação, em torno de 2%. Por volta das 11h30 (horário de Brasília), as ações ordinárias da companhia subiam 2,11%, a R$ 19,40 cada.

As apostas do mercado para o desempenho da JBS no 4T22 e em diante não são das melhores, incrementadas pelos números fracos dos demais frigoríficos listados na B3, que já divulgaram resultados do período.

A XP reconhece que, desta vez, a diversificação da JBS em proteína animal e operações em inúmeros países não deve ajudar a companhia a sair ilesa de uma dinâmica desafiadora em 2023.

“Após anos de liquidação do gado nos EUA, os preços começaram a subir em ritmo mais rápido do que o esperado, levando a uma acomodação da margem dos frigoríficos para níveis mais baixos do que o previsto”, comentam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, em relatório assinado a clientes.



Peste suína e gripe aviária

A empresa que saiu mais beneficiada no curto prazo pelos rumores de surto de peste suína na China não foi a JBS, e sim a Marfrig (MRFG3), cujas ações subiram 7,5% nos últimos 30 dias, contra valorização de 2,7% da JBS no mesmo período.

Foram quase quatro anos para que produtores chineses conseguissem recuperar seus rebanhos de suínos após o último surto grave da doença. A produção de carne suína na China despencou de 11 milhões de toneladas em 2019 para apenas 6 milhões em 2020.

Já os riscos da gripe aviária afetar a produção de frango no Brasil, com diversos casos confirmados em países vizinhos, tendem a corroer ainda mais as margens da Seara, marca da JBS.

“No mercado de aves, o Brasil passa por um excesso de oferta, alinhada a uma demanda internacional mais fraca, fazendo com que os preços do frango batessem mínima de US$ 2,10 por quilo em dezembro”, afirma a corretora.

Por conta do desconto elevado da companhia, a XP ainda recomenda a compra da JBS, com preço-alvo de R$ 58,10, implicando potencial de valorização de 205% nos próximos 12 meses.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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