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Lucro da Taurus (TASA4) cai 75% no 3º trimestre

07 nov 2023, 18:13 - atualizado em 07 nov 2023, 18:53
A Taurus divulgou nesta terça (7) o balanço do 3TRI23
O mercado interno representou a maior queda nas vendas da empresa, com o novo decreto de armas do governo Lula e  a falta de regulamentação das novas regras pelo Exército (divulgação/Taurus)

A Taurus (TASA4) lucrou R$ 26 milhões no 3º trimestre, uma queda de 74,8% ante o mesmo período de 2022. O balanço da empresa foi divulgado nesta terça (7).

O resultado reflete uma demanda interna reprimida, com R$ 72 milhões obtidos com vendas no mercado nacional, queda de 70% ante o 3TRI22. Em relação ao 2º trimestre de 2023, a empresa também registrou queda no lucro, em 46%.

Com o novo decreto de armas do governo Lula, publicado em julho, e a falta de regulamentação dele pelo Exército até o presente momento, as vendas de armas no país estão praticamente congeladas. “As condições do mercado de armas não apresentaram significativa alteração em relação ao visto
desde o começo deste ano”, afirma o CEO, Salesio Nuhs, no documento divulgado.

No país, as vendas da companhia estão focadas principalmente nas licitações com órgãos de segurança.

A receita da empresa foi de R$ 439 milhões, diminuindo 31%, com margem bruta de 37,5%—redução de 8,4 pontos percentuais. A empresa destaca que as suas margens são maiores que a de renomados fabricantes de armas de capital aberto. “No 3T23, nossa margem bruta foi de
37,5%, frente a 20,5% da Ruger e 26,6% da Smith & Wesson”, diz o comunicado.

Segundo Salesio Nuhs, a empresa está “focando na eficiência e baixo custo de produção”. O EBTIDA ajustado foi de R$ 70 milhões, queda de 61% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Principal mercado da companhia, exterior se mantém

Já no mercado externo, a Taurus obteve R$ 366 milhões em receita, variando negativamente 8%.

A empresa tem boas expectativas para os Estados Unidos, com corrida presidencial esquentando a venda de armas no país. Em 5 de novembro de 2024, os americanos escolhem um novo presidente.

O Money Times ouviu da empresa em recente entrevista que isso deve fortalecer a demanda por armas, o que ocorre historicamente. Para esse mês, a Taurus já mede um aumento nas intenções de compra, com a alta dos NICS (National Instant Criminal Background System).

Toda vez que um cidadão americano vai comprar uma arma, ele precisa fazer o ‘background check’, o vira um número no NICS. Em outubro, os números subiram 20% em relação a setembro, “apontando para um aumento da demanda”, segundo a Taurus.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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