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Lucro do HSBC cai 65% e inadimplência pode comprometer US$ 13 bilhões

03 ago 2020, 10:45 - atualizado em 03 ago 2020, 10:51
HSBC
A elevação reflete inadimplência pior que a esperada para o segundo trimestre (Imagem: Reuters/Tyrone Siu)

O HSBC alertou que o impacto de perdas com crédito pode ultrapassar sua estimativa anterior, indo a 13 bilhões de dólares este ano, e disse que seu resultado foi reduzido em mais da metade diante dos impactos da medidas de isolamento social sobre seus negócios.

O banco alertou que suas reservas de capital poderiam se deteriorar e que as receitas ficarão sob pressão. Além disso, a instituição enfrenta um risco geopolítico maior.

O HSBC aumentou a estimativa de perdas com crédito para entre 8 bilhões e 13 bilhões de dólares ante a faixa de 7 bilhões a 11 bilhões de dólares prevista anteriormente.

A elevação reflete inadimplência pior que a esperada para o segundo trimestre e expectativas de um declínio mais acentuado na economia.

“O que vimos neste trimestre foi uma mudança bastante acentuada nas perspectivas econômicas da economia global, o famoso ‘V’ ficou muito mais acentuado e, como resultado, aumentamos substancialmente nossas provisões”, disse o vice-presidente financeiro, Ewen Stevenson, à Reuters.

O banco registrou um lucro antes dos impostos de 4,32 bilhões de dólares nos primeiros seis meses deste ano, abaixo da previsão média de analistas de 5,67 bilhões.

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O banco alertou que suas reservas de capital poderiam se deteriorar e que as receitas ficarão sob pressão (Imagem: Facebook/HSBC)

As provisões para perdas com crédito no primeiro semestre subiram para 6,9 bilhões de dólares, em comparação com 1 bilhão no mesmo período do ano anterior.

As receitas caíram 9% no período, com cortes na taxa de juros global e o declínio dos valores de ativos do banco de investimento superando as maiores receitas de negociação.

O HSBC continua revisando política de dividendos a longo prazo, disse o presidente-executivo, Noel Quinn, em comunicado.

O banco interrompeu os pagamentos no início deste ano em resposta a uma solicitação regulatória no Reino Unido, enfurecendo muitos de seus investidores de varejo que dependem dos dividendos, principalmente em Hong Kong.

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