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Na fila do IPO, gigante do saneamento devolve imóveis e compromete rendimentos de fundos imobiliários

22 mar 2023, 12:06 - atualizado em 22 mar 2023, 12:06
fundos imobiliários imóveis prédios
Índice de fundos imobiliários oscila com sinal positivo, mas sem tendência única antes de Copom (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O fundo imobiliário Hedge AAA (HAAA11) informou ao mercado que recebeu notificação da BRK Ambiental solicitando a rescisão de contrato de aluguel de dois conjuntos na ala B do Condomínio WT Morumbi, em São Paulo.

Em comunicado, a área devolvida pela empresa de saneamento básico, que está na fila para realizar oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), soma quase 3,2 mil metros quadrados.

O HAAA11 tem participação de 25% no total da ala B do edifício. Com isso, a área a ser desocupada pela BRK Ambiental representa cerca de 3,6% da área locável do fundo e deve ter impactos de 4,5% na receita imobiliária contratada.

Segundo o fundo, considerando o atual valor de aluguel e os custos de condomínio e IPTU dos imóveis, a rescisão representa no resultado operacional impacto de R$ 0,04, estendendo-se também aos rendimentos dos cotistas.

Ainda sobre a rescisão, o contrato de locação prevê aviso prévio de 90 dias e prevê multa por rescisão antecipada, diz o HAAA11.

Quem também detém participação no WT Morumbi é o fundo imobiliário Santander Renda de Aluguéis (SARE11). Com a devolução dos imóveis pelo BRK Ambiental, a vacância física desse FII será de 19,6% de área bruta locável.

O SARE11 explica que, com a rescisão antecipada, os impactos financeiros deverão ser observados a partir de setembro e deverá ser negativo em R$ 0,03 por cota na distribuição de rendimentos.

Ainda assim, a BRK seguirá com a locação de outro conjunto no mesmo endereço, em espaço de 1,6 mil metros quadrados.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera com sinal positivo desde a abertura do pregão desta quarta-feira (22) em dia de agenda cheia para os Bancos Centrais.

Após o encerramento dos negócios, tem a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A autoridade monetária deverá manter a taxa de juros em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida.

Porém, antes, tem também a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Entretanto, com impacto maior em outros ativos.

Por volta das 12h (de Brasília), o Ifix tinha ligeira alta de 0,04%, aos 2.770 pontos.



Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficava com o Riza Arctium (RZAT11), que subia 2%. Por outro lado, os fundos More Real Estate (MORE11) e Hedge Office (HOFC11) lideravam as perdas, de 1,1%.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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