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Natura (NTCO3) registra prejuízo de R$ 858,9 milhões; subsidiária entra com pedido de recuperação judicial

13 ago 2024, 9:11 - atualizado em 13 ago 2024, 9:11
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O Ebitda consolidado da Natura foi de R$ 803,5 milhões no período, o que representa uma alta de 14,2%. (Imagem: Divulgação)

A Natura (NTCO3) registrou prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre (2T24). Trata-se de uma alta de 17,4% em relação ao prejuízo líquido de R$ 732 milhões de igual período do ano passado.

Segundo o balanço divulgado ao mercado na segunda-feira (12), após o encerramento do pregão, aumento do prejuízo é explicado principalmente pelo “write-off” não-caixa não-recorrente de R$ 725 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação (Ebitda) consolidado ajustado foi de R$ 803,5 milhões no período, o que representa uma alta de 14,2% ante o valor reportado no 2T23.

A Natura destaca a sólida expansão da margem na América Latina e por um melhor mix de países para o avanço do Ebitda, além de uma ligeira redução das despesas corporativas e contração da margem da Avon International.

Já a receita líquida foi de R$ 7,352 bilhões, avanço de 5,4% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Avon Products (API) entra com pedido de recuperação judicial

A Avon Products Inc. (API), subsidiária da Natura, fez um pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos — o processo é similar à recuperação judicial brasileira.

A Natura é a maior credora da empresa e vai emprestar US$ 43 milhões na modalidade DIP (Debtor-In-Possession)
para garantir a continuidade dessa holding durante o processo. Além disso, a empresa brasileira ainda vai fazer uma oferta de US$ 125 milhões para seguir com as operações da holding americana fora dos EUA, por meio de um processo de leilão supervisionado pela corte judicial.

Com o processo de chapter 11, a empresa coloca ativos à disposição para venda nesse leilão. Assim, a Natura fará lances para continuar com as operações na Ásia, Europa e África.

“Não esperamos nenhum impacto nas operações da Companhia fora dos Estados Unidos, incluindo as operações na América Latina, onde a integração das marcas Avon e Natura vem progredindo de forma constante”, destacou Fábio Barbosa, CEO da Natura, no documento de resultados.

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Confira o balanço da Natura na íntegra

*Com informações do Estadão Conteúdo

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