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O que é o Real Digital? Entenda sobre as CBDCs

28 out 2021, 18:18 - atualizado em 28 out 2021, 18:31
CBDC
O acesso dos consumidores à moeda digitalizada será diretamente através do Banco Central, desse modo excluindo a necessidade de um banco comercial como intermediário em algumas situações (imagem: Shutterstock/Wit Olszewski)

Diversos países estão anunciando a criação de suas próprias moedas digitais emitidas por Bancos Centrais (CBDC, na sigla em inglês), e o Brasil não quer ficar para trás.

Segundo anunciado por Fábio Araújo, coordenador do projeto do Real Digital dentro do Banco Central do Brasil, em 2022 o país dará início às provas de conceito, ou PoC, com o Real Digital, e nelas será utilizado a tecnologia da blockchain.

O projeto tem o objetivo de digitalizar a moeda fiduciária para facilitar transações financeiras. No entanto, a previsão de lançamento do Real Digital é para 2024.

O acesso dos consumidores à moeda digitalizada será diretamente através do Banco Central, desse modo excluindo a necessidade de um banco comercial como intermediário em algumas situações.

Esse processo promete baratear as taxas de transações, facilitar distribuições de auxílios sociais e trazer uma maior agilidade para a economia por meio de transferências que funcionam a qualquer hora.

Assim como o bitcoin, as CBDCs vão funcionar via blockchain. A tecnologia será usada justamente para permitir que a moeda digital venha com todas as vantagens descritas acima.

Governos como o da França, Estados Unidos e Hong Kong também estão estudando aderir ao projeto. Mas o Real Digital, assim como qualquer outra que venha surgir, não é uma criptomoeda.

A diferença entre o Real Digital, ou qualquer CBDC, e as criptomoedas está em sua capacidade de ser descentralizada.

O bitcoin, por exemplo, é emitido via mineração ao redor do mundo, e não depende da decisão de nenhuma instituição para ser validado.

Já as moedas digitais são centralizadas. A emissão delas depende de um órgão institucional, por exemplo o Banco Central do Brasil no caso do Real Digital.

Porém, estudiosos sobre o mercado acreditam que as CBDCs serão um grande gatilho para um direcionamento regulatório adequado sobre o mercado de criptomoedas.

Um dos motivos para se acreditar nisso foi a afirmação dita em audiência pública sobre o projeto, onde Fábio Araújo afirma que entre os objetivos do Real Digital também estão o desenvolvimento de modelos inovadores como contratos inteligentes.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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