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Ofertas de vagas no metaverso caíram 81% à medida que Meta, Google e Apple temem recessão

02 ago 2022, 16:14 - atualizado em 02 ago 2022, 16:14
Mark Zuckerberg tem como grande aposta o metaverso (Imagem: Reprodução/Twitter)

O metaverso ainda não chegou, mas as empresas já estão reduzindo as contratações do setor. Isso é de acordo com um relatório da Bloomberg, que destaca um estudo da Revelio Labs.

O levantamento mostrou que as postagens de empregos relacionados ao metaverso caíram 81% entre abril e junho de 2022.

Esse declínio nas vagas de emprego corresponde aos temores de uma recessão iminente nos EUA, bem como a um dos trimestres mais difíceis que as Big Tech tiveram em anos.

Meta, Google e Apple fugindo do aperto

A maioria dos pesos pesados ​​​​da tecnologia recentemente divulgaram ganhos decepcionantes, com muitas empresas apresentando lucros reduzidos que já estão se traduzindo em desaceleração das contratações, congelamento ou até mesmo demissões.

No mês passado, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa cortaria os planos de contratação devido a ventos contrários “fortes”.

“Se eu tivesse que apostar, diria que esta pode ser uma das piores crises que vimos na história recente”, afirmou o CEO à equipe em recente reunião.

Mas, os problemas de Zuckerberg não param por aí. No final do mês passado, a reguladora antitruste do EUA processou a empresa alegando que ela está tentando monopolizar a indústria do metaverso. Somando a isso, a Meta registrou uma perda de US$ 2,8 bilhões da divisão de metaverso no 2T22.

O Google (GOOG) está tomando medidas semelhantes. Em julho, a empresa anunciou redução nas contratações pelo restante deste ano, diante de um cenário propenso a uma recessão econômica nos EUA.

A Apple (AAPL34), que está se saindo melhor do que a maioria dos players de Big Tech, não fica de fora e está ajustando suas contratações.

O CEO da empresa, Tim Cook , disse na semana passada que a companhia continuará a contratar funcionários, mas de maneira muito “deliberada”, após relatos de que a empresa planeja desacelerar seu ritmo de contratação em meio aos receios de uma recessão econômica.

Do metaverso para a vida real

Esses movimentos mostram que, a partir de agora, o metaverso não é um gerador de receita para nenhuma grande empresa, e se torna incerta a rapidez com que os consumidores adotarão as essas plataformas no futuro.

Portanto, as empresas precisam desacelerar a contratação, e os empregos do metaverso, provavelmente, vão sofrer cortes antes dos empregos críticos para os produtos que geram receita hoje.

Vale ressaltar também que embora os empregos em tempo integral no metaverso tenham se tornado mais escassos, o número de trabalhos freelance para serviços relacionados a esse universo, como desenvolvimento de avatar e design 3D, mais do que quadruplicou, de acordo com o mercado de talentos freelance Fiverr International Ltd.

Por enquanto, na vida fora do virtual, as tensões continuam não só para os trabalhadores.

Recentemente, Zuckerberg disse que vê a Apple como uma grande rival da Meta, já que a empresa busca entrar no metaverso, segundo uma gravação de uma reunião da empresa realizada no final de julho e obtida pelo The Verge.

O CEO e cofundador do Facebook disse à equipe que Meta e Apple estão em “competição filosófica muito profunda” quando se trata do metaverso.

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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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