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Petrobras (PETR4): Liderança do PT propõe fusão da estatal com a Eletrobras (ELET6)

30 mar 2022, 13:59 - atualizado em 30 mar 2022, 14:01
Empresa seria uma espinha dorsal da atividade energética, em sinergia e parceria com a iniciativa privada, diz o senador. (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) propôs, em pronunciamento nesta terça-feira (29), a fusão da Petrobras (PETR4) com a Eletrobras (ELET6), para a criação de uma empresa de energia em sentido amplo.

Líder da Minoria na casa, o petista é relator dos dois projetos de lei analisados pelo Senado para reduzir a alta dos preços dos combustíveis.

Prates propõe uma empresa que potencialize, por meio da exploração de hidrocarbonetos, a tecnologia de energias sustentáveis. Segundo o parlamentar, a companhia seria uma espinha dorsal da atividade energética, em sinergia e parceria com a iniciativa privada.

De acordo com o Senador, o modelo que ele cita é o mesmo adotado pela Equinor, antiga empresa Statoil, estatal da Noruega. A Petrobras e a Eletrobras juntas continuariam como empresas estatais, disse o parlamentar.

A ideia do parlamentar está longe do que analistas do mercado financeiro citam como possibilidade para as duas empresas.

Para eles, a Petrobras deve seguir cada vez mais independente – já que a privatização é vista como improvável hoje – e a Eletrobras tem boas perspectivas justamente porque está para ser desestatizada.

Prates, no entanto, diz que a sua proposta de fusão da Petrobras com a Eletrobras deve ser refletida pela sociedade, conjuntamente com os trabalhadores e acionistas.

O senador criticou a nova substituição do presidente da Petrobras, dizendo ser mais um capítulo da confusão existente na política governamental para o setor.

Na segunda, o governo federal confirmou a indicação do economista Adriano Pires para a presidência executiva da empresa, substituindo o general Joaquim Silva e Luna. A novidade foi bem recebida pelo mercado por conta do perfil liberal do executivo.

Preços e privatização

Em pronunciamento, o senador do PT ainda condenou especificamente o estabelecimento e posterior manutenção da PPI (Paridade de Preço de Importação), que atrela a produção brasileira ao custo praticado na importação.

Ele avalia que a política de preços atual da Petrobras apenas amplia a margem de lucro de alguns acionistas da empresa.

Prates criticou tanto a privatização da Eletrobras quanto a fragmentação da Petrobras e destacou que o Brasil tem vantagens competitivas em relação a outros países, em sua maioria importadores de óleo bruto, que, na sua opinião, “sonhariam em ter uma capacidade de exploração e refino semelhante à nossa”.

“A natureza presenteou o Brasil com pelo menos dez Itaipus de potencial de energia offshore“, disse. “Etanol, biodiesel, hidrogênio sustentável, são todas as alternativas que nos cabe desenvolver e que podem ser alavancadas e aceleradas pelas receitas do petróleo”.

*Com informações da Agência Senado

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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