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Petrobras (PETR4): Fritura de Prates demorou 9 meses; veja 23 episódios que selaram sua demissão

15 maio 2024, 17:13 - atualizado em 15 maio 2024, 17:20
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Saída de Jean Paul Prates da Petrobras envolveu debates extensivos com relação a dividendos extraordinários da estatal (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A situação mudou para a Petrobras (PETR4). Nesta terça-feira (14), foi anunciado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Jean Paul Prates, com Magda Chambriard sendo a indicada para ocupar o posto.

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Entretanto, Prates vinha sofrendo um desgaste intenso há mais tempo, com embates com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também entrando no radar.

As discussões chegaram ao ápice quando o assunto foi a distribuição dos dividendos extraordinários da estatal, que poderiam alcançar R$ 43,9 bilhões. Enquanto Prates afirmava que não haveria empecilhos para que a companhia distribuísse 100% dos proventos, Lula pressionava para que fosse criado um novo fundo de investimentos que utilizaria esse dinheiro em projetos capazes de impulsionar a indústria brasileira.

Mas outros embates também surgiram, com discussões envolvendo os poucos investimentos da Petrobras na área de gás, com a acusação de Silveira de que Prates tratava o assunto com negligência.

Entenda a linha do tempo da Petrobras, a partir de matérias publicadas no Money Times

Prates tem reunião com Lula em meio à fritura. Anteriormente, foi divulgada a nova política de dividendos e distribuição de 45% do fluxo livre de caixa, quando antes era de 60%.

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À espera da divulgação do Plano Estratégico de cinco anos da estatal, o BTG Pactual analisou a distribuição dos dividendos pela empresa.

Plano Estratégico é aprovado, com previsão de US$ 102 bilhões em investimentos e dividendos previstos e recompras de ações na faixa de US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões, abaixo dos US$ 75 bilhões a US$ 85 bilhões anteriores.

Renato Galuppo é nomeado como um dos conselheiros de administração da Petrobras.

Prates afirma que estatal deve ser mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos bilionários.

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Ministério de Minas e Energia, sob a liderança de Silveira, envia ofício à Petrobras indicando a recondução dos seis membros que representam a União no conselho de administração da companhia.

Empresa divulga os resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), propondo o pagamento de mais de R$ 14,2 bilhões em proventos, mas R$ 43,9 bilhões ficaram na reserva, podendo ser utilizado para pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, recompras de ações, absorção de prejuízos e incorporação ao capital social.

Jean Paul Prates propôs dividendos extras, mas foi voto vencido no conselho, fazendo com que a empresa perdesse mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado.

“Eu, como presidente, me abstive de votar, porque não faria diferença nenhuma para o resultado, e acompanhei o voto da minha diretoria que propôs 50%/50%, foi nosso encaminhamento inicial”, afirmou Prates.

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Petrobras “perde uma Sabesp” em valor de mercado após decisão envolvendo dividendos.

Prates afirma que a decisão de reter 100% dos cerca de R$ 44 bilhões possíveis de dividendos extraordinários foi um percalço e um ruído “perfeitamente contornável”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Alexandre Silveira afirmam que saída de Prates “nunca foi cogitada”.

Rui Costa, da Casa Civil, também afirmou que Prates não estaria ameaçado e que o governo está satisfeito com a atual gestão da estatal.

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Ações ordinárias da petroleira acumulam queda de 11,04%, enquanto as preferenciais caem 9,52%, afetando também o Ibovespa (IBOV).

Conselho de administração da Petrobras aprova o enquadramento de Jean-Paul Prates e outros executivos para indicação como membros do colegiado.

Estatal recebe solicitação de acionistas minoritários pedindo pela substituição dos candidatos às vagas de membros titular e suplente do Conselho Fiscal (CF) e a indicação de acionista minoritário ao Conselho de Administração (CA).

Segundo informações de Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, Prates pede uma audiência com o presidente Lula para falar sobre a fritura que vem sofrendo, alimentando rumores sobre possível saída.

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Em uma conversa no WhatsApp, publicada em sua conta no X, antigo Twitter, Jean Paul afasta rumores de que deixaria o comando da estatal, dizendo que sairá da Petrobras, mas quando terminar o seu expediente, aonde voltará para casa, jantará e retornará ao seu trabalho para ‘cumprir uma agenda cheia’.

Na mesma data, a estatal afirma que ainda não decidiu sobre o pagamento de dividendos extraordinários.

Prates declara que vê uma “crise fabricada” pelo governo para derrubá-lo do cargo.

Haddad afirma que a decisão sobre distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas cabe à Petrobras, entendendo também que a decisão está bem encaminhada.

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Fonte do governo brasileiro afirma à Reuters que Prates “fica mesmo, ao menos por enquanto”.

Conselho da estatal se reúne e recomenda a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da companhia.

Petrobras aprova o pagamento total de R$ 36 bilhões em dividendos complementares, com R$ 22 bilhões sendo extraordinários.

Balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24) da empresa é considerado frustrante, com queda anual de 38% no lucro líquido. Também, é anunciado o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio.

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O presidente Lula demite Jean Paul Prates, com Magda Chambriard sendo indicada para ocupar a posição.

Clarice Coppetti assume o cargo de presidente interina da Petrobras, enquanto empresa perde quase R$ 50 bilhões em valor de mercado e ações desabam.

 

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Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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