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Por que analistas estão otimistas com fusão de Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3)?

18 nov 2022, 16:35 - atualizado em 18 nov 2022, 16:35
brMalls
Aliansce Sonae e BR Malls devem concluir fusão em janeiro de 2023 e formar uma gigante de shoppings no Brasil (Imagem: Pixabay/@geralt)

As administradoras de shoppings centers Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3) devem concluir a fusão em janeiro de 2023 após, ontem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dar sinal verde, sem restrições, para a criação de uma gigante do setor, em negócio de R$ 12 bilhões.

Para a equipe do BTG Pactual, a aprovação pelo Cade mais rápida do que o esperado é “claramente positiva”, já que a expectativa era o aval vir no primeiro trimestre do ano que vem.

“O mais importante é que não havia ‘remédios’, o que significa que a implementação deveria ser rápida e sem qualquer impacto na avaliação da nova companhia”, comentam.

Shoppings com ações descontadas

O Bradesco BBI avalia que a notícia pode ser um gatilho para as ações da nova empresa, com aumento de liquidez dos novos papéis e uma possível inclusão em índices assim que a fusão for concluída.

“As ações da BR Malls e Aliansce Sonae estão sendo negociadas com desconto para os pares, de 27% para Multiplan [MULT3] e de 22% para Iguatemi (IGTI11), o que vemos como atraentes”, diz o banco. Nesta sexta-feira, as ações de ALSO3 e de BRML3 sobem 2%.

O que acionistas ganham com a fusão?

Os analistas da Genial Investimentos explicam que os acionistas da BR Malls deterão 55,13% da nova companhia, em uma relação de troca de 0,39 ação de ALSO3 para cada ação de BRML3.

“Além disso, os acionistas receberão uma parcela caixa única de R$ 1,25 bilhão, ou R$ 1,51 por ação”, acrescentam.

Nova empresa nasce desalavancada e queridinha

O BTG destaca que, após a venda de vários ativos, a nova companhia formada pelas empresas de shoppings está desalavancada, o que abre espaço para grandes recompras de ações e mais dividendos.

Os analistas do Itaú BBA, por sua vez, colocam a empresa formada na fusão de BR Malls e Aliansce Sonae como a principal escolha no segmento de shopping center, visto que a nova companhia não tem nenhum risco aparente para ganhos decorrentes da integração. Além da expectativa de melhora na liquidez dessa combinação de negócios.

O que esperar da fusão?

Para a Genial, após quase sete meses de processo de aprovação pelo Cade, o mercado deve aguardar pelas novas projeções de sinergias entre as empresas.

“Entendemos que a fusão é benéfica para ambas e deve abrir espaço para o crescimento orgânico do maior portfólio de shoppings do Brasil. Fique atento para o desconto dos termos de contrato e preço de tela, que pode indicar oportunidade de arbitragem de curtíssimo prazo”, orientam os analistas.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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