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Por que o rival de Dogecoin (DOGE) subiu 100% em um dia? entenda a “queda da bastilha” na Solana (SOL)

04 jan 2023, 18:41 - atualizado em 04 jan 2023, 18:41
Bonk Dogecoin DOGE Solana
O token é apresentado ao público com uma outra narrativa: a “revolução” (Imagem: Unsplash)

O token nativo da rede Solana (SOL) começou em 2023 abaixo de US$ 10 dólares, e, nesta quarta-feira (4), encosta em US$ 13. O volume de negociação na rede é de US$ 78 milhões, um aumento semanal de 172%.

A causa parece ser atribuída a um novo token com tema de cachorro chamado BONK. Essa por sua vez sobe incríveis 109% nas últimas 24 horas.

A memecoin BONK é um token baseado em Solana com o mesmo tipo de tema “doge meme”, ou “meme” de cachorro, que o Dogecoin (DOGE) e o token construído em Ethereum Shiba Inu (SHIB).

Mas na realidade, o token é apresentado ao público com uma outra narrativa: a “revolução.”

“Se não tem tokens, que comprem NFT”

Antes de tudo, é importante ressaltar que, a equipe de fundadores é desconhecida, o site é rudimentar e trata-se de uma moeda meme, são fatos isolados, já alertam um analista fundamentalista.

Mas a ideia seria colocar um “basta” nos “monarcas” que prejudicaram a rede em 2022. A queda da bastilha na rede, se daria pela tomada do poder aquisitivo pelos usuários de Solana.

O BONK foi lançado no final de dezembro com um airdrop em grande escala, onde tokens gratuitos foram enviados para as carteiras de uma ampla gama de desenvolvedores Solana e colecionadores NFT.

O próprio documento, por sinal bastante precário e rudimentar em informações, já diz:

“Por muito tempo, Solana foi vítima de tokens VC [venture builders] predatórios que caçam a comunidade maior de Solana. Bonk foi criado para inverter esse papel e trazer o poder de volta àqueles que criaram esta rede: o povo{…] 2023 é o ano em que a comunidade pega o controle da rede de volta para si”.

Pouco após a distribuição gratuita para a comunidade da rede, nesta semana, foi implementado um mecanismo de queima que tem a intenção de diminuir o fornecimento para aumentar a demanda, e consequentemente o valor da moeda.

Por fim, segundo o projeto, haverá distrubuições direcionadas para marketing e parceria com objetivo de reconstruir a rede.

Solana sofreu em 2022

De fato, em 2022 ocorreram diversos problemas na rede como o hack na carteira Slope que resultou em uma drenagem massiva de tokens de ususários.

Além do hack, a queda na principal investidora da rede, FTX, causou um baque gigante na rede. A Solana foi uma das que mais sofreu perdas em 2022, e seu token SOL desvalorizou cerca de 94% no ano.

Acontece que, como a maioria dos modelos blockchains, para transacionar na rede é necessário pagar uma taxa em SOL.

A valorização de SOL foi puxada de maneira significativa pela criptomoeda de cachorro. O volume diário, ao menos no curto prazo, está retornando aos níveis de antes dos imensos saques após FTX – vistos em novembro. Confira no gráfico abaixo:

Bonk Dogecoin DOGE Solana
(Imagem: DefiLlama)

O volume das corretoras descentralizadas também observam níveis significativos de aumento, em especial na Orca – a mais utilizad para comprar Bonk entre a comunidade da Solana. Confira as principais corretoras e seus respectivos aumentos em volume negociado:

Bonk Dogecoin DOGE Solana
(Imagem: DefiLlama)

O valor total travado na rede saiu de US$ 206 milhões no final de dezembro para US$ 229 milhões atualmente. Esse valor, antes da crise em FTX, era de US$ 1 bilhão.

A “rival” da Dogecoin (DOGE) está agitando as coisas dentro da rede que muito sofreu ano passado, mas é preciso manter em mente que existe a probabilidade da moeda terminar como seu outro “parente” Shiba Inu: cheio de projetos mas com baixíssimo valor.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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