Porto Seguro tem resultado sólido no trimestre e ação ainda pode subir 28%, diz Planner

A Porto Seguro (PSSA3) reportou resultado sólido o suficiente para a Planner reafirmar a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 65, potencial de elevação de 27,9%.

A empresa registrou lucro líquido consolidado de R$ 399,6 milhões no terceiro trimestre. A cifra é 20% maior que a do mesmo período do ano passado.

Os prêmios emitidos somaram R$ 4,1 bilhões, com incremento de 4,2% sobre um ano antes, e representaram a principal receita da Porto Seguro.

Segundo o analista Victor Luiz de F. Martins, os índices de renovação tem se mantido elevados e a empresa segue agregando vendas novas a sua carteira.

“Sua estratégia busca a redução dos custos, melhora de eficiência operacional e maior rentabilidade”, afirmou.

Ele destaca também as receitas totais, que cresceram 4,7% para R$ 4,9 bilhões por conta do incremento dos prêmios de seguros emitidos e do aumento das receitas de operações de crédito e de serviços.

Já o resultado financeiro registrou queda de 50,4% para R$ 125 milhões. No terceiro trimestre, a carteira total de aplicações financeiras (R$ 14,5 bilhões) resultou num rendimento de 1,77%.

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“Esse retorno consistente e acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é explicado principalmente pelo desempenho positivo das alocações em títulos indexados à inflação”, diz.

Segundo Martins, ao final de setembro, a companhia possuía uma confortável disponibilidade de caixa de R$ 2,5 bilhões.

Bom, mas não suficiente

O Banco Safra, em relatório, também elogiou o desempenho da companhia. Segundo os analistas, o resultado operacional da Porto Seguro foi “sólido, como o esperado”.

“Destacamos a muito boa recuperação dos prêmios, e também dos resultados de outras unidades de negócios”, afirmam os analistas, referindo-se aos cartões de crédito, aos consórcios e ao financiamento de veículos. Para o Safra, esse desempenho mostra que “o pior já passou” para a Porto Seguro.

As perspectivas favoráveis da seguradora, contudo, não foram suficientes para que o Safra melhorasse sua nota. O banco manteve a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 59 para este ano. Isso significa uma alta potencial de 24% sobre a cotação usada como referência pelo banco.