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Presidente de El Salvador perdeu dinheiro público apostando em bitcoin, diz relatório

12 jan 2022, 13:52 - atualizado em 12 jan 2022, 13:52
Com base nos tuítes do presidente salvadorenho, Bukele adquiriu 1.391 bitcoins (Imagem: Facebook/Secretaría de Prensa de la Presidencia de la República de El Salvador)

Conforme noticiado pelo Decrypt, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, perdeu o dinheiro do país apostando no bitcoin (BTC), segundo cálculos feitos pela Bloomberg.

Com base nos tuítes do presidente salvadorenho, visto que não foram divulgados documentos oficiais, Bukele adquiriu 1.391 bitcoins. Segundo a Bloomberg, essas aquisições custaram, aproximadamente, US$ 71 milhões, sendo US$ 51.056 o valor médio por BTC.

De acordo com o Decrypt, presumindo que o governo do país ainda tenha esse saldo da criptomoeda, este vale, atualmente, US$ 59 milhões com a cotação atual. Ou seja, as apostas do presidente custaram aos cofres públicos US$ 12 milhões.

“Não há nenhuma informação oficial sobre a quantidade de bitcoin que o governo comprou, o preço que pagou e quanto há em reserva”, afirmou Ricardo Castaneda, economista do Instituto de El Salvador sobre Estudos Fiscais da América Central.

Segundo o Decrypt, a falta de transparência do governo salvadorenho quanto à política sobre o bitcoin tem causado preocupações. 

Em 2021, Nolvia Serrano, diretora de operações da BlockBank, disse ao Decrypt que “há muitas coisas que não estão sendo divulgadas quanto à abordagem de compra de bitcoin”.

Alguns dos tópicos de preocupação levantados por Serrano são: “quem detém as chaves privadas desses BTC?” e “quais são os critérios para realizar novas compras da criptomoeda?”.

Conforme o Decrypt, o único modo que o presidente comunica a aquisição da criptomoeda é por meio de seu telefone, ao publicar tuítes anunciando a compra.

Serrano contesta a medida de Bukele, afirmando que esta não é suficiente. Segundo ela, “não há espaço para erros quanto a isso [aquisição de BTC com dinheiro público], e nós precisamos ser transparentes, porque a comunidade de criptomoedas se importa com esses princípios”.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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