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Projeto de música e arte em NFT arrecada US$ 3 milhões em venda de coleção

01 abr 2021, 13:33 - atualizado em 01 abr 2021, 13:33
EulerBeats se destaca no mercado de NFTs por criar músicas e artes geradas a partir de algoritmos (Imagem: OpenSea/EulerBeats)

O projeto de música e de arte em tokens não fungíveis (NFTs) EulerBeats vendeu a Enigma, sua última coleção de 27 faixas originais, por US$ 3 milhões.

O projeto lançou sua segunda coleção de “LPs”, ou faixas musicais, nessa segunda-feira (29), e o leilão foi finalizado ontem (31), às 14h, no horário de Brasília.

Segundo o cofundador do projeto, Tyler Mulvihill, a equipe leiloou os primeiros 25 LPs na plataforma de NFTs OpenSea. O 26º LP foi dado à organização autônoma descentralizada (DAO, na sigla em inglês) para proprietários de LP e de prints da Genesis, a primeira coleção do EulerBeats.

“Estamos orgulhosos da nossa equipe e animados para a comunidade de donos de originais e de prints tanto da coleção Enigma como da Genesis assistirem e ouvirem arte e música novas”, disse Mulvihill ao The Block.  

EulerBeats (pronunciado “óilerbitz”) é um projeto com base na rede Ethereum que apresenta faixas músicas geradas por algoritmos. Essas faixas são acompanhadas por artes visuais, as quais também são criadas por algoritmos, por meio do uso de contratos autônomos.

O que distingue o EulerBeats de outros projetos NFTs é o seu modelo de receita. A criação de Mulvihill usa o padrão de token ERC-1155, o qual cria tokens fungíveis e não fungíveis.

Essencialmente, há dois tipos de EulerBeats: LPs originais, que são não fungíveis, e “prints” de LPs, que são reproduções do original. Os prints são precificados conforme uma curva de ligação (“bonding curve”), com o valor aumentando exponencialmente à medida que novos prints são criados.

Os LPs da primeira coleção, Genesis, podem ser reproduzidos até 120 vezes, enquanto os LPs da segunda coleção, Enigma, podem ser reproduzidos no máximo 160 vezes.

Cada vez que um print é criado, os proprietários do LP original recebem 8% da receita. De acordo com uma análise da Dune Analytics feita pelo @ChubbyAvocado, 94,3 ETH em royalties já foram pagos aos donos da coleção original Enigma.

Quatro dos LPs Enigma – LP 02, 04, 17 e 20 – foram comprados por um coletivo de 54 pessoas chamado “BEETSDAO”.

Segundo um dos cofundadores da DAO, Jordan Garbis, a equipe quer criar um token para representar sua coleção de LP e a capacidade da comunidade EulerBeats em realizar o staking de prints que eles possuem.

Apesar de o token, atualmente, ser privado e acessível somente a membros da DAO, a organização quer torná-lo público no futuro.

“A geração de receitas por meio de NFTs é o futuro”, disse Garbis ao The Block, em uma entrevista. “Queríamos criar uma maneira de fracionar e democratizar o acesso aos NFTs.”

O token será semelhante ao token B20, que foi desenvolvido pelo protocolo descentralizado para conversão de token WhaleStreet.

O token B20 fracionou a propriedade de mais de 20 peças do famoso artista digital Beeple, que vendeu sua coleção “Everydays: The First 5.000 days” por US$ 69,4 milhões em um leilão.

No entanto, de acordo com Garbis, a grande diferença é que o token da BEETSDAO irá gerar receita no futuro. Essa receita, disse ele, irá pagar os proprietários de print na forma de incentivos, ao promover distribuições gratuitas ou ao reinvestir na DAO.

“NFTs ainda são muito recentes, mas este é um provável futuro do que poderiam ser os direitos autorais”, disse Garbis.

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