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Quem ganha e quem perde com a paralisação das montadoras?

29 mar 2021, 21:49 - atualizado em 29 mar 2021, 22:33
Indústria Setor Automotivo
A Ágora lembra que todas essas paralizações estão levando o acúmulo de pedidos dos fabricantes de automóveis a atingir quatro meses  (Imagem: Swen Pfoertner/Pool via Reuters)

A disparada de casos da Covid no Brasil tem levado montadoras a paralisar suas atividades.

Na última sexta-feira (26), a Honda suspendeu sua produção por 13 dias, enquanto a Hyundai irá implementar paralização de uma semana.

Ao todo, 10 montadoras pararam os trabalhos, como BMW, Nissan, Toyota, Volkswagen, Mercedes-Benz, Scania e VWCO, além da Volvo, que decidiu cortar a produção em 70% em suas fábricas em Curitiba.

A Ágora lembra que todas essas paralizações estão levando o acúmulo de pedidos dos fabricantes de automóveis a atingir quatro meses e a aumentar o preço dos veículos.

“A suspensão das operações das montadoras deve levar a uma menor produção de veículos, impactando a Iochpe (MYPK3), Tupy (TUPY3) e Mahle Metal Leve (LEVE3)”, apontam os analistas Victor Mizusaki, Ricardo França e Luiza Mussi.

Por outro lado, no curto prazo, isto poderia direcionar um aumento nos preços dos carros novos e beneficiar o segmento de seminovos da Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3).

“Mas se este cenário se prolongar, poderia começar a afetar o crescimento da indústria de aluguel de veículos”, advertem.

Outra companhia que pode ser atingida pela paralização é a Vamos (VAMO3), já que a suspenção da produção na Volkswagen Caminhões afetará as entregas.

“Ainda esperamos que as interrupções se normalizem ao longo de 2021, levando a uma aceleração na produção de automóveis, especialmente levando em consideração os estoques atualmente baixos. Mantemos nossa perspectiva positiva para o crescimento da demanda de aços planos em 2021”, completam.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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