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Raia Drogasil derruba preços de genéricos para ganhar mercado e perde rentabilidade

30 out 2019, 11:25 - atualizado em 30 out 2019, 11:32
O lucro líquido ajustado da companhia subiu de R$ 120,4 milhões de julho a setembro de 2018 para R$ 135,5 milhões em 2019

A Raia Drogasil (RADL3) apresentou um lucro líquido de R$ 129,6 milhões no terceiro trimestre do ano, de acordo com o relatório publicado pela companhia nesta quarta-feira (30). No mesmo período de 2018, o valor com os efeitos da IFRS foi de R$ 118,1 milhões.

O lucro líquido ajustado da companhia subiu de R$ 120,4 milhões de julho a setembro de 2018 para R$ 135,5 milhões em 2019.

A receita bruta cresceu 21%, totalizando R$ 4,8 bilhões. A receita líquida de vendas e serviços foi de R$ 4,5 bilhões.

O Ebtida ajustado, totalizou R$ 519,5 milhões, alta de 12,5%. A margem Ebitda ajustada do período foi de 10,9%.

No trimestre, a Raia Drogasil totalizou 52 aberturas orgânicas e adicionou 42 adquiridas da Onofre.

“Encerramos 13 filiais e suspendemos temporariamente outras 3 para mudança de bandeira, encerrando o período com 1.995 lojas em operação”, afirmou a companhia, que reiterou o guidance de 240 aberturas brutas por ano para 2019 e 2020.

Vendas Mesmas Lojas

Para os analistas da Bradesco Corretora, Fred Mendes e Flávia Meireles, “o crescimento das vendas de mesmas lojas (SSS) foi o principal destaque positivo em 7,7%, dado que o ambiente competitivo se torna mais saudável”. A margem bruta, por sua vez, veio pressionada pela estratégia agressiva de preços e mix de genéricos.

Na avaliação do Credit Suisse, a companhia deve seguir com o quadro positivo do SSS no próximo trimestre.

“Adicionalmente, a Raia Drogasil parece se sobressair em relação a seus competidores fazendo um bom trabalho que une ganhos de participação no mercado em todas as regiões do Brasil e avanços na lucratividade. Isso deve tornar o mercado ainda mais confiante, com boas perspectivas pela frente”, complementaram Victor Saragiotto e Pedro Pinto.

Regiões

A Raia Drogasil apresentou alta de 1,7% de participação no mercado, tendo São Paulo se sobressaído no trimestre, com crescimento de 2,5 pontos percentuais.

O BTG Pactual (BPAC11) chamou a atenção para a atuação da empresa nas demais regiões do país.

“As regiões Centro-Oeste e Nordeste reportaram ganhos de 190 e 2010 pontos-base, respectivamente, enquanto que os ganhos registrados no Norte foram de 230 pontos-base e no Sul de 110 pontos-base”, afirmaram Luiz Guanais e Gabriel Savi, da equipe de análise do BTG.

Opiniões divididas sobre a ação

O Credit Suisse não vê como positiva a avaliação do mercado para as ações da Raia Drogasil, que precificou um crescimento de 92% ante os 22% do Ibovespa. Por acreditar que os papéis não devem valorizar ainda mais, o banco traz recomendação underperform (abaixo da média do mercado), com preço-alvo de R$ 54.

A Bradesco Corretora mantém sua recomendação de venda. O preço-alvo é de R$ 65 por ação.

Na visão do BTG, o pior já passou para a companhia. A recomendação, portanto, é de compra, com preço-alvo de R$ 90.

A Mirae Asset espera um período favorável para a empresa no próximo ano, com a expectativa de recuperação da economia e da renda, e por isso tem recomendação neutra para os papéis, com preço-justo de R$ 82,66.

Confira o relatório completo:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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