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Raízen (RAIZ4): Moagem em alta e queda para o etanol; as visões do BTG e XP para a ação no 3T23

17 jan 2024, 12:29 - atualizado em 17 jan 2024, 12:29
raízen raiz4
Uma das instituições prevê ação da Raízen mais que dobrando de preços nos próximos 12 meses; vale comprar RAIZ4? (Foto: Divulgação)

Na terça-feira (16), a Raízen (RAIZ4) divulgou sua prévia operacional, com destaque para a moagem no terceiro trimestre do ano-safra 2023/24 (3T23), que totalizou 18,8 milhões de toneladas, salto de 36,2% no ano.

O destaque negativo ficou por conta das vendas de etanol, que somou 1,416 milhões de metros cúbicos, queda de 17,6% na comparação anual.

Com isso, as ações da empresa encerraram ontem com queda de 5,25%, aos R$ 3,79 por ação.

Visão do BTG Pactual para Raízen

Para o banco, a moagem ficou em linha com o projetado, totalizando 83 milhões de toneladas no ano, avanço de 14% ano a ano.

Por outro lado, a área colhida atingiu 958 mil ha no ano passado, queda de 7% em relação ao ano anterior e de 17% em relação aos níveis de dois anos atrás, sugerindo que a RAIZ4 realmente dedicou uma área muito maior para o plantio de cana-de-açúcar nesta cultura.

A parte negativa veio na forma de um teor de ATR (Açúcar Total Recuperável, que representa a capacidade da cana se transformar em açúcar ou etanol) 5% menor a/a, que totalizou apenas 131 kg/tonelada de cana.



Como resultado, a produção total de ATR aumentou “apenas” 35% no trimestre e 13% maior no acumulado do ano

Por outro lado, a produção de E2G totalizou 8,9 milhões de litros no trimestre (quase 36 milhões de litros anualizados), sugerindo que a primeira planta E2G está finalmente funcionando perto da capacidade total, aguardando que a segunda planta aumente a produção.

Embora o desempenho operacional sugira que uma parte da produção do terceiro trimestre só será monetizada no quarto trimestre, o BTG acredita que a Raízen possa estar no caminho certo para atender a estimativa de EBITDA do ano fiscal de R$ 13,5-14,5 bilhões.

Dito isso, a recomendação para ação segue de compra, com preço-alvo de R$ 8 e potencial de alta em torno de 112%

Análise de XP Investimentos sobre RAIZ4

Para a XP, o principal destaque da prévia operacional da Raízen para o terceiro trimestre foram as vendas de etanol abaixo do esperado (39% abaixo das estimativas).

Segundo a corretora, a perda se deve à estratégia de adiar as vendas de etanol para o período de entressafra, uma estratégia seguida pela maioria dos pares.

As ressalvas quanto à tática se dá por conta da assertividade dessa estratégia, pois os preços do etanol não estão melhorando, apesar da vantagem competitiva em relação à gasolina, enquanto o etanol de milho continua a ganhar espaço.

As vendas abaixo das estimativas de etanol afetam a estimativa de EBITDA ajustado consolidado para o terceiro trimestre em 14%.

No lado positivo, a moagem de cana-de-açúcar ficou 20% acima das estimativas, devido ao clima positivo e a uma temporada de moagem mais longa do que o esperado, levando a uma potencial diluição de custos mais alta no futuro.

As vendas e os volumes de açúcar ficaram 6% e 8% abaixo das estimativas, o que também representa um risco baixista em nossas estimativas.

Ainda assim, a XP mantém sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 6 e potencial de alta de 58%.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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