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Rali do bitcoin continua: criptomoeda ultrapassa US$ 37 mil

07 jan 2021, 9:10 - atualizado em 07 jan 2021, 9:30
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O bitcoin atingiu uma nova alta recorde de US$ 37,3 mil durante o caos de ontem em Washington (Imagem: Pixabay/EivindPedersen)

O bitcoin (BTC) atingiu uma nova alta recorde de US$ 37,3 mil na noite dessa quarta-feira (6) em meio a abalo do sistema político americano após protestantes invadirem os prédios do Capitólio.

Ontem, o mercado de ações havia se animado após a confirmação de que os Democratas fariam parte do Senado após duas vitórias eleitorais no estado da Geórgia. A Dow Jones Industrial Average (DJI) atingiu uma alta recorde.

Investidores foram encorajados pela perspectiva de um novo estímulo fiscal a curto prazo. A Dow 30 subiu 438 pontos. S&P 500 subiu 0,6% enquanto a Nasdaq também fechou em 0,6%.

Porém, foi o bitcoin, o “texugo monetário”, que novamente demonstrou uma força que desafia a gravidade, continuando seu mercado de alta e atingindo US$ 37 mil pela primeira vez. Com a perspectiva de um auxílio de US$ 2 mil, os ganhos podem continuar.

(Imagem: BNC/Bitcoin Liquid Index – BLX)

Outros indicadores também sugerem que o mercado de alta está longe de acabar. A taxa de hashes — de processamento de transações — da rede Bitcoin atingiu um recorde.

A taxa média estimada atingiu 148 exahashes por segundo (EH/s). Esse número representa a quantidade de poder computacional que mineradores em todo o mundo estão direcionando à rede Bitcoin. Um aumento tanto no preço do bitcoin como na taxa de hashes é um indicador positivo.

Taxa total de hashes – em terahashes por segundo (TH/s) (Imagem: Blockchain.com)

Conforme influxos de capital no bitcoin continuam surgindo, um dos motivos pelo aumento estável de preço da criptomoeda é a falta de flutuação disponível em corretoras e mesas de mercado de balcão (OTC).

Segundo a Glassnode, apenas 4,2 milhões de BTC (22% das moedas emitidas) estão em circulação por conta dos investidores ativos. Os 18,6 milhões de BTC restantes (78% das moedas emitidas) estão retidos por “holders”, investidores e instituições.

Rafael Schultze-Kraft, diretor de tecnologia da Glassnode, afirma:

É importante analisar como essa tendência evoluiu no passado. Observando a variação de fornecimento em cada categoria desde o início do ano, podemos ver uma clara tendência positiva da iliquidez do bitcoin.

Isso indica que o atual mercado de alta é direcionado por uma quantia impressionante de iliquidez.

Essa iliquidez é outro sinal de uma força positiva conforme uma onda de novos compradores estão competindo para adquirir uma posição a longo prazo com bitcoin. Sem dúvidas, isso põe uma maior pressão positiva no preço do bitcoin.

Bitcoin: variação do fornecimento líquido (Imagem: Willy Woo)

De acordo com o analista de bitcoin Willy Woo:

A recente compra foi direcionada por participantes que são holders a longo prazo. Isso é positivo. Este rali está longe de acabar. Esta é a variação na movimentação de fornecimento do bitcoin entre participantes. 

Quando mais moedas passam de líquidas (investidores ativos) a ilíquidas (HODLers), é algo positivo.

Por fim, após terem permanecido estáveis desde o mercado de alta de 2017, os dados de pesquisa pelo termo “bitcoin” explodiu neste início de 2021. Um aumento nas pesquisas do Google é um indício de novo interesse de compradores do varejo.

(Imagem: Google Trends)

Após os acontecimentos dessa quarta-feira nos EUA, fica evidente que a volatilidade de 2020 continuará em 2021. Ainda não se sabe por quanto tempo o rali de preço do bitcoin irá continuar.

Porém, se existe um ativo preparado para ter um desempenho melhor em um ambiente macro cada vez mais volátil… Esse ativo é o bitcoin.

Atualização: o bitcoin está variando entre R$ 37,8 mil e R$ 38,1 mil, também ultrapassando a máxima de R$ 200 mil.

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