Mercados

Vale (VALE3) atrai alocação com reabertura da China, dizem gestores

05 dez 2022, 16:53 - atualizado em 06 dez 2022, 8:07
Ação para fugir de Lula e Bolsonaro
Afrouxamento da política de Covid Zero na China favorece ativos correlacionados, como minério de ferro e ações da Vale (Imagem: Reuters/David Gray)

Os sinais de alívio nas medidas contra a Covid-19 na China ainda em novembro permitiram um aumento da alocação de gestores em bolsa e ativos correlacionados, como o minério de ferro e a Vale (VALE3). Esse é o principal destaque na carta mensal da TAG Investimentos e da Infinity Asset

“Após sinais de flexibilização da Covid Zero na China, ao longo do mês, adicionamos posição nas bolsas do país”, comenta o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, na carta mensal de novembro, referindo-se ao mercado acionário chinês.

Desde então, o governo chinês vem flexibilizando as restrições no combate ao coronavírus em várias cidades, como testes em massa e quarentena. O movimento ganhou força após uma onda de protestos no país no fim do mês contra as medidas restritivas.

Para Kawa, há medidas pontuais de estímulo à economia chinesa que podem ajudar no humor de curto prazo, favorecendo também o mercado de commodities

“Após a forte queda, vemos um racional de preços mais positivo e pano de fundo menos negativo na China”, afirma Kawa. Segundo ele, a alocação passou de -1 para neutra, com os riscos de recessão global impedindo uma posição acima da média. 

Exposição em Vale é positiva

Ainda assim, no curto prazo, a Infinity Asset vê espaço para uma exposição em renda variável no segmento de materiais básicos – metais e mineração, através da posição comprada em Vale

“Este é um segmento que estamos abaixo da média (underweight) em relação ao índice e que tende a ser impactado positivamente com a reabertura do mercado chinês”, explica o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, no relatório de investimentos de novembro.

Porém, Vieira também pondera que diante das incertezas no cenário, interno e externo, é necessário adotar uma posição mais cautelosa – não apenas em novembro. 

“Frente a esse cenário de ambiguidades, incertezas sobre o posicionamento econômico do governo eleito, expectativa de reabertura do mercado chinês e dirigentes de bancos centrais ao redor do mundo sinalizando a necessidade de manutenção das taxas de juros em patamares elevados, é necessário manter-se vigilante sobre todos os passos para, assim, avaliar seus impactos e desdobramentos sobre o book de ações”, afirma o economista, na carta. 

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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