Renda fixa em dólar paga até 7% ao ano para brasileiros; como investir em bonds e treasuries

A renda fixa em dólar está atrativa demais para ficar de fora da carteira dos investidores brasileiros. Isso porque os juros nos Estados Unidos estão no patamar mais alto em mais de uma década. Fora que o Federal Reserve (Fed) empregou a subida mais rápida das taxas desde os anos 1980.

Conforme a corretora Avenue, brasileiros têm a chance de lucrar até 7% ao ano e mais valorização do dólar no período. Afinal, os treasuries e corporate bonds com grau de investimento estão deixando bastante dinheiro na mesa.

Nesta Super Quarta, a maioria dos investidores esperava que a Fed Fund Rate (equivalente à Selic), se mantivesse. Atualmente, a banda de juros é entre 5,25 a 5,50% ao ano.

No entanto, a chave para entender se é hora de investir pesado na renda fixa em dólar está no “dot-plot“, ou seja, as expectativas de juros para as próximas reuniões do Fed.

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Higher for longer

Para José Maria Silva, coordenador de alocação e inteligência da Avenue, os juros elevados nos EUA devem perdurar A conhecida expressão “higher for longer” sugere que teremos taxas mais elevadas por um período mais longo. Pois um dos componentes que força isso é a ameaça do barril de petróleo ultrapassar os US$ 100.

Nesse contexto, as oportunidades de investimento em renda fixa em dólar são as mais atrativas das últimas décadas e parecem ter um horizonte promissor, conforme o estrategista.

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“A Avenue se destaca com a maior variedade de produtos de renda fixa em dólar no Brasil, disponibilizando mais de 680 bonds (títulos de dívida) de empresas e governos dos Estados Unidos, Brasil e América Latina”, destaca Silva.

Treasuries e corporate bonds

Para quem precisa remunerar o seu dinheiro no curto prazo, os treasuries com vencimento de 3 a 12 meses pagam juros acima de 5% ao ano e mais a variação do dólar sobre o real brasileiro. As renomadas T-Bills são títulos de renda fixa conhecidos como os mais seguros do mundo.

“Esses títulos do Tesouro americano são predominantemente títulos prefixados, o que significa que seus rendimentos são fixos e independentes de indexadores”, destaca o especialista da Avenue. Por isso, eles se assemelham aos títulos Tesouro Prefixado negociados no Tesouro Direto, que também têm recomendação de compra.

Contudo, são os corporates bonds (muito semelhantes às debêntures no Brasil) que entregam mais retorno. Os títulos de dívida privada estrangeira, com grau de investimento, oferecem taxas entre 5% e 7% ao ano.