Economia

Salário mínimo de Lula pode ter aumento real quatro vezes maior que o de Bolsonaro

11 jan 2023, 9:34 - atualizado em 11 jan 2023, 9:34
salário mínimo
Caso o salário mínimo tenha o novo reajuste, será um aumento quatro vezes maior do que o visto no primeiro ano do governo Bolsonaro (Imagem: Jeso Carneiro/Flickr)

O salário mínimo em vigor desde 1° de janeiro é de R$ 1.302, conforme foi promulgado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.

Mas a expectativa é que haja um aumento no salário mínimo para R$ 1.320 em 2023. O valor foi aprovado pelo Congresso no último mês de dezembro, mas aguarda a aprovação do presidente Lula para ser publicado no Diário Oficial (DOU).

Caso o salário mínimo tenha esse novo reajuste, haverá um aumento real de quase R$ 38 no piso, um valor mais de quatro vezes maior do que o aumento real visto no primeiro ano do governo Bolsonaro.

O aumento real do piso salarial foi acima da inflação de 2022, que acumulou uma alta de 5,79% nos últimos 12 meses.

Mas em 2019, o cenário era outro, o salário mínimo foi ajustado para R$ 998 em janeiro daquele ano, e acumulou uma alta de R$ 8 acima da inflação, que acumulou aumento de 3,75% nos 12 meses anteriores.

Caso não haja um novo aumento no piso, o atual salário ainda representa um aumento real de cerca de R$ 20, ainda mais de duas vezes maior do que o aprovado no primeiro ano do governo Bolsonaro.

Entraves do salário mínimo

O reajuste no salário mínimo, no entanto, ainda é incerto. O governo pode esperar até maio para anunciar o novo valor, segundo informações do Estadão.

O adiamento se deve pela necessidade de acompanhar os gastos do novo governo, monitorando a folha do INSS e os novos reajustes fiscais no primeiro semestre.

O reajuste envolve um custo adicional de R$ 7,7 bilhões além do Orçamento previsto para 2023. O valor ainda é maior do que os R$ 6,8 bilhões de gastos adicionais previstos pela PEC da Transição.

A intervenção federal em Brasília, no entanto, pode atrapalhar o Ministério da Fazenda nos desdobramentos de Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que envolvem reformas tributárias e a definição do novo teto de gastos.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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