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Suzano (SUZB3) supera expectativas com lucro de R$ 182 milhões no 2T22

27 jul 2022, 18:13 - atualizado em 27 jul 2022, 19:24
Suzano
O consenso do mercado projetava perdas de R$ 491 milhões no trimestre, segundo dados da Bloomberg (Imagem: Facebook/Suzano)

A Suzano (SUZB3) terminou o segundo trimestre de 2022 com lucro líquido consolidado de R$ 182 milhões, de acordo com os dados financeiros e operacionais divulgados pela companhia nesta quarta-feira (27).

O resultado superou as expectativas do consenso do mercado, que esperava prejuízo de R$ 491 milhões no trimestre, segundo dados da Bloomberg.

Em relação ao segundo trimestre de 2021, quando a companhia reportou ganhos no valor de R$ 10 bilhões, o lucro encolheu 98%, devido à variação negativa no resultado financeiro, que foi negativamente impactado pela variação cambial sobre a dívida e a marcação a mercado das operações com derivativos.

A receita líquida da companhia cresceu 17% no comparativo anual, para R$ 11,5 bilhões, e também superou as expectativas do mercado, que projetava um montante de R$ 10,8 bilhões.

Segundo a Suzano, o trimestre foi marcado por uma demanda positiva e combinações de “diversos fatores não programados e dificuldades logísticas que afetaram a oferta de celulose”, sustentando a alta nos preços da fibra curta.

“No lado da demanda de celulose, os mercados de Tissue e papéis de Imprimir e Escrever nos Estados Unidos e na Europa mantiveram os patamares sólidos suportados por maior demanda interna e menores volumes e papéis”, afirmou.

A Suzano disse ainda que, apesar do conflito entre Rússia e Ucrânia ter impactado os preços globais de insumos e energia, os produtores de papel conseguiram repassar os aumentos nos preços.

Considerando tudo isso, as vendas de celulose da Suzano apresentaram crescimento de 5% na base ano a ano, enquanto as vendas de papel subiram 10%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 6,3 bilhões, um crescimento de 6% em relação a um ano antes. A margem contraiu 6 pontos percentuais, para 55%.

No trimestre, a dívida líquida em dólar ficou estável em relação ao primeiro trimestre, em US$ 10,5 bilhões, e a alavancagem em dólar, medida pela dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos doze meses, caiu para 2,3 vezes, apesar do ciclo de investimento, destaca a Suzano.

Em reais, a dívida líquida atingiu R$ 54,9 bilhões, contra R$ 49,7 bilhões do primeiro trimestre. A alta em moeda nacional se deve à variação cambial no segundo trimestre.

Atualização de projeções

Nesta quarta, a Suzano divulgou suas novas projeções de capex (investimentos) para 2022. A companhia elevou as estimativas a R$ 16,1 bilhões, de R$ 13,6 bilhões anteriormente, devido a elevação das expectativas para a linha de Terras e Florestas, decorrente de aquisições societárias de Parkia e Caravelas.

Com relação a investimentos em manutenção, a elevação das estimativas para R$ 5,5 bilhões reflete a antecipação de pagamento, “visando maior eficiência financeira”.

Recompra de ações

A Suzano informou que o conselho de administração aprovou um novo programa de recompra de ações, em linha com o programa de maio de 2022, com a finalidade de gerar valor aos acionistas.

No novo programa, a companhia poderá adquirir até 20 milhões de ações de sua própria emissão, de forma adicional ao saldo de aquisições atualmente disponível no programa em andamento.

O prazo máximo para a realização de aquisições do novo programa é de 18 meses contados a partir da data de aprovação pelos conselheiros – ou seja, hoje.

As aquisições serão efetuadas mediante a utilização de:

  • saldos de reservas de lucro e de capital disponíveis; e
  • resultado realizado do exercício em curso.

Atualmente, a Suzano conta com 712.407.201 ações de sua emissão em circulação e 26.327.369 ações de sua emissão em tesouraria.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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