Economia

Vendas no varejo do Brasil crescem 0,6% em novembro na comparação com outubro, diz IBGE

14 jan 2022, 9:26 - atualizado em 14 jan 2022, 9:42
Varejo Coronavírus
As expectativas do mercado eram de recuos de 0,2% na comparação mensal e de 6,5% sobre um ano antes (Imagem: Bloomberg)

As vendas de supermercados ajudaram o varejo no Brasil a registrar crescimento inesperado em novembro, mesmo com um impacto mais fraco da Black Friday em 2021.

Em novembro, as vendas varejistas apresentaram ganhos de 0,6% na comparação com o mês anterior, mesmo em um cenário difícil para o comércio, com inflação elevada e desemprego ainda alto.

O dado, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,2%.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, as vendas varejistas tiveram recuo de 4,2% em novembro, contra expectativa de uma queda de 6,5%.

“O que vimos foi uma Black Friday muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Segundo ele, isso deve à inflação e a uma mudança no perfil de consumo, com algumas compras realizadas em outubro ou até mesmo antes, em meio a uma maior disponibilidade de crédito.

“Isso adiantou de certa forma a Black Friday para algumas cadeias”, disse Santos.

O IBGE ainda revisou o resultado de outubro para uma alta de 0,2% em relação ao mês anterior, depois de ter divulgado anteriormente queda de 0,1%.

Apesar do ganho no mês de novembro, das oito atividades pesquisadas em setembro, cinco tiveram queda. O aumento geral das vendas foi ajudado pelo crescimento de 0,9% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Também avançaram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).

Por outro lado, o volume de vendas de móveis e eletrodomésticos recuou 2,3%. Tecidos, vestuário e calçados tiveram queda de 1,9%, enquanto combustíveis e lubrificantes e livros, jornais, revistas e papelaria tiveram perdas de 1,4% cada. As vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caíram 0,1%.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve crescimento de 0,5% em novembro sobre outubro.

Veículos, motos, partes e peças cresceram 0,7%, enquanto as vendas de material de construção aumentaram 0,8%, depois de resultados negativos do mês anterior.

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