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A CSN vai conseguir diminuir o endividamento? Torça para os preços continuarem altos

30 abr 2021, 16:49 - atualizado em 30 abr 2021, 16:49
CSN
A grande questão que se coloca é em relação ao endividamento da companhia, que gera preocupação de analistas e investidores há anos (Imagem: CSN/Youtube)

A CSN (CSNA3) foi mais uma empresa de commodities minerais beneficiada pelo alto apetite mundial por matérias primas. A combinação de preços elevados com produção forte levou o lucro da companhia ao recorde de R$ 5,7 bilhões, ante os R$ 1,3 bilhão do ano passado.

“Vemos o segmento de mineração com um balanço forte e bem posicionado para os projetos de expansão: produção de 60 milhões de toneladas em 2024, em nossa visão”, afirmam os analistas da XP Investimentos, Yuri Pereira e Thales Carmo.

Apesar disso, a grande questão que se coloca é em relação ao endividamento da companhia, que gera preocupação de analistas e investidores há anos. Mas parece que os bons ventos do setor podem ajudar a empresa a, finalmente, diminuir o seu buraco.

De acordo com o BTG Pactual, a CSN conseguiu diminuir sua dívida líquida para R$ 20 bilhões no trimestre, uma queda notável de R$ 5 bilhões – ajudada pelo IPO da CSN Mineração (CMIN3) e uma geração robusta de caixa, parcialmente compensado pela variação cambial.

“Esperamos que a dívida líquida caia para menos de R$ 15 bilhões no final do ano (cerca de 0,5x dívida líquida/Ebitda) e vemos a CSN operando com indicadores de grau de investimento, o que deve se traduzir em um custo de capital mais baixo”, aponta.

O ponto também é destacado pelo analista Luis Sales, da Guide Investimentos.

“A redução forte do endividamento no último trimestre, encaminhamento com a contratação de assessores para o IPO da operação de Cimento e a perspectiva de reajustes de 18% no aço para Maio contribuem para a perspectiva de mais um pregão positivo para a CSN”, diz.

Redução das dívidas = dividendos

Durante teleconferência com analistas do setor, executivos da companhia afirmaram que a CSN manterá estratégia de redução de alavancagem, podendo chegar a um nível abaixo de uma vez dívida líquida/Ebitda até o final do semestre.

Essa busca pela queda do endividamento não permite à empresa reavaliar a política de pagamento de dividendo mínimo de 25% do lucro, afirmaram executivos.

“Esta nova fase de geração de caixa tão forte é recente e não alcançamos nossas metas de desalavancagem”, disse o diretor de relações com investidores da CSN, Marcelo Cunha Ribeiro.

“Os dividendos já vão aumentar de maneira significativa porque no primeiro trimestre o lucro já foi de R$ 5 bilhões”, disse o executivo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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